domingo, dezembro 31, 2006

Parabéns

(post com data altamente aldrabada!)


Cantas Dó Ré Mi Fá Xol Lá Xi Dó com os tons todos certinhos e sem te enganares nas notas. Dó Xi Lá Xol Fá Mi Ré Dó ainda é um bocado aldrabado mas fico a pensar que tens mesmo ouvido para a música (não sais a mim com certeza!).

Falas cada vez mais e cada vez melhor. Não há cá frases sem verbos, a maioria até são correctos mas quando não são, fazes-te entender perfeitamente. Repetes o que dizemos para aprenderes. Muitas vezes não repetes mas vemos que estás a registar e a qualquer momento vais usar o que aprendeste. És a perfeita criança "câmera de vídeo" como te chamou a directora do Colégio. Alguns exemplos vindos do nada (ou melhor, da tua cabexa):

Adeus meninos da cola, a Pipa vai emboia pa caja deua.
Deixa a Pipa tiai o cajaco
O pai tem pêlos, a mãe não têm pêlos, só o pai
Oia a escova dentis ali, a Pipa não chega lá, a mãe chega
Deita aqui na tama ao uado da Lena, mãe

Andas com uma mania que me tira do sério que é deitares-te no chão a limpá-lo com a roupa. É uma espécie de birra mas sem som que tu não és de chorar muito, felizmente! Mas é tão irritante. E não há nada que te faça levantar ou ir apanhar os brinquedos que, desafiadora, acabaste de deitar para o chão. Só te consigo convencer a arrumar tudo se te prometer que vais tomar banho. Continuas a adorar tomar banho e se alguém fala em banho corres para o banco, pegas nele e encosta-lo por baixo do interruptor da casa de banho para acenderes a luz.

Adoras lêti, caféi e cococati. És muito gulosa mas dos bolos só da cobertura mesmo.

Fazes puzzles de 3+ quase de olhos fechados. Se calhar aquilo vem mal marcado porque a mim parecem-me realmente muito fáceis. Mas também já fazias os de 2+ na boa desde os 18 meses por isso deves mesmo ter queda para isto. És muito esperta, disso não tenho a menor dúvida.

Queres ajudar a fazer tudo, o que podes e o que não podes. A tua última mania é arrastares o banco da cozinha para todo o lado, subires lá para cima e quereres imitar o que estamos a fazer. Passei a tomar muito mais cuidado com as facas em cima da bancada por exemplo porque a qualquer momento podes querer descascar um dedo. No teu quarto arrastas o teu banquinho para acenderes as luzes todas ou para chegar às prateleiras mais altas.

Trocas os verbos acender e apagar e não há nada que te faça meter isso na cabeça. Às vezes acho que enrolas um bocado a língua e dizes umas palavras com ssss a mais. A Xaia já me tinha falado nisso e eu nunca tinha reparado. A ver com o pediatra na próxima semana.

Não há maneira de largares as fraldas. Não que eu esteja preocupada com isso mas o pai começa a achar que está na altura. És muito estouvada para isso, acho eu. Só pedes de vez em quando. Se te sentamos no bacio fazes, percebes perfeitamente todo o ritual mas quando andas na brincadeira lembras-te lá de pedir... Agora que andas a ganhar estrelas pareces mais entusiasmada!

Passas a vida a deitar as bonecas na tua própria cama e a dizeres que elas vão mimir. Há dias fui dar contigo à tarde, depois de chegarmos do colégio, deitada na cama com duas bonecas ao lado, tapadinha, com a luz apagada e com a música da aparelhagem a tocar. O que estás a fazer Filipa? Estou a mimir com as munhecas. Ou seja, ligaste a aparelhagem, descalçaste os ténis e as meias, apagaste a luz do quarto e deitaste-te com as bonecas a mimir.

Por outro lado, deitar-te na cama à noite é cada vez mais um filme. Desde que fizeste 2 anos que embirraste que não ias adormecer na cama. Queio mimir na xaula! e lá vais a correr para a sala, sentares-te no sofá onde ficas a descer e subir até estares com tanto sono que cais para o lado. Em vez de 8h30/9 estás a adormecer às 11 e nunca na cama. Até há bem pouco tempo, tocavam só 3 ou 4 músicas do cd das canções de embalar e já estavas a ressonar.

Adoras fazer coisas sozinha, tal como te sentares na cadeira de comer sem qualquer ajuda. É um perigo eu sei, mas contrariar-te é pior ainda. Por isso deixo-te fazer mas fico por perto. Arrastas o banco da cozinha até ao lado da tua cadeira, trepas para cima do banco e do banco para a cadeira. Depois dizes arruma o banco mãe, a Pipa não arruma. Se o banco estiver lá ao lado, também fazes o inverso, sais da cadeira para o chão. Se o tabuleiro da cadeira não estiver posto, não precisas de banco nenhum, sobes pelo degrau da frente. Estás cada vez mais autónoma.

Antes do Natal foste ao circo pela 1ª vez. Achei que ias adormecer logo porque foi à noite (bilhetes à borla não se pode pedir muito). Mas aguentaste e bem, viemos embora antes do fim (a mãe não morre de amores por aquilo e aquele não era grande coisa mesmo). Mas gostaste da parte do gelo e ficaste especialmente impressionada com aquele parzinho em patins. Quando ele a levantava no ar tu achavas que ela ia cair e gritavas logo Não xinhoi, não, a abanares a mão como que a dizer" não ponhas a rapariga aí no alto que ela cai".

Não largas a mania de mexer no cabelo para adormecer, seja em que cabelo for, mesmo que prefiras os mais compridos e preferencialmente o meu. Continuo a levar grandes puxões e não há quem te convença do contrário. Às vezes experimento dizer-te para mexeres no teu e tentas um bocadinho mas aquilo não te convence.

Das canções de embalar, a tua favorita acho que é logo a primeira. Frére Jacques ou Brother John. Por mais incrível que pareça, tu cantas tudo e até em francês e inglês cantas! Os sons, claro, mas cantas. Ontem não deixavas o não tenho nada, tenho tudo... Mas onde é que tu ouves isto se em casa não é de certeza e na escola também me parece que já enjoaram?? Tirando essa são os Parabéns todos incluindo as parte que eu não sei, a quadra final e a dos agradecimentos, o olha a bola Manel, o atirei ao pau ao gato, o peixinho no mar, o Pai Natal não sei quê... e as outras que não me lembro. Mas nunca cantas quando nós pedimos, é sempre quando te apetece.

Passas a vida a perguntar onde vamos mãe e que tás a fajei mãe?. Mais uma vez é aqui que eu tomo consciência das frases que repito muitas vezes. Porque tu as repetes também. Outra que dizes muito é aqui podi? ou seja, pedes autorização para fazeres algumas coisas como por ex., no elevador sabes que não te queremos do lado da porta e então corres o elevador todo a pergutnar onde é que te podes encostar: Aqui podi mãe?? Quando não consegues fazer alguma coisa: ajuda mãe, a Pipa não xonxegui.

Ainda há duas coisas que não consigo perceber porque é que dizes assim: patau e padinho. Patau é manteiga. Padinho é pequenino. Já percebemos o significado, só não percebemos o porquê uma vez que não tem nada a ver.

De há uns 3 meses para cá, resolveste começar a comer bem. Sim, agora acho que tu comes bem. Mesmo que haja uma refeição ou outra em que não te apetece nada e que faças muita porcaria. Mesmo que não te consiga dar sopa em casa, mesmo que saltes refeições e as quantidades não sejam por aí além, já não sofro como antigamente quando não queres comer. Porque agora dá para perceber que tu gostas de comer (algumas coisas) e principalmente sozinha.

No dia dos teus anos estavas numa grande excitação. Pedias o mê bolo, as mias pendas, se te perguntavam quem fazia anos respondias eu, eu, eu. Gostaste de tudo, mesmo da roupa tu gostas e não ficas com cara de desiludida. Não és muito vaidosa, só um bocadinho. Adormeceste mesmo à meia-noite e voltaste a acordar com o barulho. Quem te manda ter nascido na passagem de ano?

Andas numa de acordar muitas noites a chorar só porque sim e és capaz de estar horas (se te deixássemos!) a berrar a mãeeeeee, o paiiiiiiii, a mãeeeeee, o paiiiiiiii até alguém lá ir. Às vezes basta pôr-te a chucha na boca, outras tapar-te, outras virar-te para o lado correcto da cama. Outras vezes precisas de ficar com companhia um bocadinho para voltares a adormecer. Isto para mim são as noites más, aquelas em que acordo com os teus berros e que perco minutos de sono. Más, más, mas mesmo muito más são as que acordas 2 vezes na mesma noite e perco esses minutos de sono a dobrar. Às vezes leio histórias de mães que não pregam olho noites inteiras ou que não dormem uma noite como deve ser desde que os respectivos bebés nasceram e penso que tenho mesmo muita sorte e que nesse aspecto deves estar perto de ser o melhor bebé do mundo. Porque desde os 3 meses que dormes pelo menos umas 7 horas por noite salvo as raras excepções. E eu nunca fiquei nenhuma sem dormir.

És muito educadinha, não te escapam os obiadas (agora deste para dizer obiado e eu estou sempre a corrigir como a minha mãe fazia comigo) e de nada e comlexenxa.

Dormir contigo é um pesadelo. Não páras um segundo quieta. Ora dás um pontapé, ora me espetas um dedo no olho, ora te viras de rabo para a cabeceira, ora, ora, ora. É de evitar a todo o custo. Mas também só acontece quando resolves acordar minutos antes do despertador tocar e aí não me dou ao trabalho de te tentar adormecer.

Não ficas doente há quase um ano (knoc, knoc, knoc), desde a gastroenterite que também me apanhou a mim. Aí sim, vi-te doente. Constipações de ranho no nariz não contam como doença. Febre tens um dia quando nascem dentes. Ao pediatra já desde essa altura que só vais nas rotinas. Felizmente tens sido saudável. Depois das 2 ou 3 bronquiolites e 2 ou 3 otites dos primeiros tempos de colégio e daquela coisa de nome gigante da laringo traqueo bronquite (que já nem sei como se escreve), nunca mais tiveste nada. Para a semana voltamos ao nefrologista e à ecografia para a revisão anual ao rim mais preguiçoso.

No Natal só te deitaste depois da uma da manhã, até lá nem pensar em ficares na cama. Nem sequer abriste muitas prendas nessa noite porque o Ique já dormia há muito e o grosso foi aberto de manhã, ao mesmo tempo pelos dois. Brincaste com tudo, continuas a brincar com tudo. Nem sequer consigo escolher assim um preferido porque saltas de brinquedo em brinquedo. Aquela norma de não valer a pena ter muitos brinquedos porque depois não brinca com nenhum, não se aplica a ti. Tens todos no quarto para poderes escolher e já te vi brincar com todos várias vezes. Sim, o quarto está a precisar de uma arrumação a sério mas por enquanto ainda se consegue lá andar. Ainda bem que é grande (se bem que no dia de anos parecia pequeno com tanta gente e confusão). O aspirador fez um sucesso, todos o queriam, mais os rapazes até, também fazes muito chá e bolos para as bonecas (com a preciosa ajuda da batedeira). Não largas a Lena (baptizada assim em homenagem à amiga que ofereceu a boneca e em quem o fabricante se deve ter inspirado porque a boneca é igual a ela!), ficas tempos esquecidos a fazer os puzzles, e outros a olhar para o comboio dos Pipo (Little People) e a fazê-lo andar. Tens pancada por comboios, temos mesmo de te levar a andar num. E a empurrar o pato/cegonha/??? Pela casa. Só não andas na mota porque essa fica na garagem senão já tinha as paredes todas esmurradas. Resumindo, gostaste de tudo, das prendas a dobrar dos anos e do Natal.

Pela nossa "régua" estás com 86 cm o que a confirmar-se aquela regra de que a altura aos 2 anos vezes 2 dá a altura em adulto, quer dizer que vais apontar para o 1,72, mais uns cms que eu. Estou curiosa para saber se esta regra tem alguma coisa de verídico.

És meiga até mais não. Adoras beijos, adoras cócegas, adoras festinhas, adoras ter o pai e a mãe juntos. Ficas babada. És linda, essa é que é essa. És espertalhona. És muito à frente. És um bebé espectacular. Ainda não te consigo ver como menina. Ainda tens muita coisa de bebé. Adoro o teu sorriso cheio de dentes. Adoro a tua cara de safada a dobrar a língua quando estás a preparar alguma. Adoro-te.

Parabéns filha, és a maior!!

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Ponto de situação

A Disney foi a maravilha que já se viu. Ela reagiu bem a tudo, nunca teve medo, nem dos barulhos do Armageddon nem das simulações do Studio Tram Tour, nem das personagens gigantes, nem das caveiras da Mansão Assombrada, nem dos piratas dos Piratas da Caraíbas (apesar de agora quando a estamos a despir dizer sempre "a cabexa não" - pensamos nós porque um dos piratas tira a cabeça e volta a pô-la em vez de tirar só o chapéu) nem de nada. Portou-se bem, ficou maravilhada principalmente com a Minnie, viu os espectáculos sentada sem se chatear, tanto o Animagique quanto o Cinemagique, adorou as paradas e não deu trabalho nenhum (extra, pelo menos, porque tentar mexer nas coisas nas lojas já é normal!)

Depois fomos à Vila Natal em Óbidos. Para quem tinha acabado de vir da Disney aquilo era obviamente demasiado pequeno. Mas ao contrário do que seria de esperar, não soube a pouco porque estava muito bem feito. E os actores eram simplesmente espectaculares e animavam toda a gente. Também foi boa a parte de passarmos à frente de uma hora e meia de fila por termos o carrinho de bebé e termos direito a uma porta especial porque a normal implicava escadas. Correu a abraçar o Pai Natal, o boneco de neve e todos os bonecos que lhe apareciam ao caminho e a espalhar grandes Olás a toda a gente.

A Festa do Colégio foi, acho que estou a repetir a palavra muitas vezes mas é que não há mesmo outra, espectacular. Os miúdos estavam giríssimos nas roupas e nos fatos, as músicas giras, a história gira, bem coordenado... O trabalho que deve dar a montar aquilo é indescritível. Mais uma para a longa lista de coisas que me faz ficar feliz todos os dias por ter escolhido aquele colégio!! Ela fez de urso feliz, como a turma toda e cantou e bateu palmas e rodopiou e adorámos ter ido. Obrigada pela dedicação que têm para com os nossos filhos!

Ela continua... um espectáculo! Cada vez mais faladora, cada vez mais curiosa: o que tás a fajeiii mãe? O que é ito?, cada vez mais simpática, cada vez mais meiga, cada vez mais linda!!!!!

Isto hoje parece um telegrama mas estou completamente sem tempo (apesar de estar despachada das prendas, felizmente!) mas não queria deixar de desejar a todos um


(queria pôr mais fotos mas o blogger está a boicotar-me completamente!)

quarta-feira, dezembro 06, 2006

quinta-feira, novembro 30, 2006

A árvore



No dia a seguir ao do corte de cabelo, fizemos a árvore de natal. Nunca me passou pela cabeça que ela gostasse tanto, que vibrasse tanto, que demonstrasse toda aquela excitação que demonstrou. Não há fotos de jeito, filmámos muito mais porque o sorriso, a expressão, os movimentos dela ao ver tudo a acontecer ficavam assim muito mais bem captados.




No final, com as luzes já acesas, perguntou:

Mãe, o bolo?


Agora, ao contrário do que eu temia, não vai lá mexer porque diz que a avre pica mas nas pendas dos mininos que lá estão debaixo, aí sim, quer tocar!

segunda-feira, novembro 27, 2006

1º corte de cabelo

Foi dia 24 de Novembro de 2006, que fique registado para a posteridade.

(foram só uns falripos da franja que teimava em cair para os olhos, mas mesmo assim, é uma efeméride!)

Fotos seguem mais tarde...

Adenda: E aqui vai ela...

sexta-feira, novembro 24, 2006

Lá fora a chuva cai...

A chuva não me chateia grandemente. Gosto de ver chover. De preferência se estiver debaixo de um tecto. Já há muito se foi o tempo em que gostava mesmo de andar à chuva e até fazia de propósito para ficar toda molhada. Porque era simplesmente giro. Porque nos dava estilo. Porque fazia parte de ser uma rapariga destemida e sem medo de uma simples chuva. Porque o cabelo molhado me fazia sentir bem. Porque parte do gozo era fugir dos professores para não sermos apanhados todos molhados. Porque éramos umas malucas e andar com chapéu de chuva era coisa para velhos. Continuo a não gostar de chapéus de chuva principalmente, num dia como hoje, em que ter ou não ter vai dar ao mesmo, é só mais uma tralha para ter na mão. Porque o vento é tanto que os chapéus ficam de tripas viradas (que o digam já algumas pessoas que chegaram aqui com chapéus torcidos). Prefiro chapéus na cabeça. Protege só a cabeça (e o cabelo) mas pelo menos não tenho de lutar contra o vento para o tentar segurar. Dá sempre jeito estacionar à porta de casa e à porta do trabalho e assim não preciso mesmo de chapéu de chuva para nada. Mas o que me irrita mesmo na chuva, a coisa que mais me chateia na chuva, muito para além de o trânsito ficar pior (que pode até nem ser necessariamente verdade, basta conseguir aplicar na perfeição todos os truques, atalhos e trafulhices que me vierem à cabeça) é o carro ficar com os vidros embaciados e eu passar os 50 minutos da viagem casa/trabalho de hoje a carregar no botão do ar condicionado para conseguir ver alguma coisa porque ligar o aquecimento normal não serve de nada. E mal o ligo, espirro. O vidro desembacia e desligo o ar. Segundos depois o vidro está novamente embaciado. Ligo o ar condicionado. Desembacia . Mais um espirro. Desligo. Embacia. Ligo. Espirro. Desembacia. Desligo. Embacia. Ligo. Espirro. Desembacia. Desligo. Embacia. Ligo. Espirro...

Perdi a conta às vezes que carreguei no botão. Perdi a conta aos espirros. (Mental note: tenho uma semana para curar esta constipação / gripe / whatever!!)

De resto, adoro ver a chuva a cair lá fora. Dá-me uma sensação de tranquilidade e paz de espírito. De cosiness. E mais nada.

quinta-feira, novembro 23, 2006

E aos 34 anos

descobri que afinal gosto de café e que estou quase a começar a ficar viciada. Se dantes só bebia quando tinha dor de cabeça e as colegas gozavam comigo que era o café do mês, agora chega a esta hora e aquele cheirinho materializa-se no meu nariz mesmo que na verdade não cheire aqui a nada (excepto ao metal queimado daquela coisa que estão a usar para arranjar a janela do departamento aqui do lado) mesmo sem ninguém estar a beber. E raras são as vezes em que consigo resitir e não ir buscar um... Mas só bebo no trabalho porque só este me sabe bem, nada de cafés em restaurantes, cafés, pastelarias e afins. É só mesmo o do trabalho e é só mesmo a meio da tarde.

Já volto sim?

quarta-feira, novembro 22, 2006

Tá beeem?

É a expressão que agora finaliza quase todas as frases dela.

Na hora de ir dormir, enquanto se dirige à aparelhagem:

A Pipa põe a mujica tá beeem?

Ao arrumar qualquer coisa no sítio:

A Pipa gada, tá beeem?

A Pipa faz, a Pita tira, a Pipa dá, a Pipa tem, a Pipa, a Pipa, a Pipa...

E eu fico sempre a pensar onde é que ela aprende estas coisas. E é nessa altura que analiso a minha própria linguagem e chego à conclusão que também eu lhe respondo muitas vezes com um "pois" quando ela me faz perguntas e tambem digo muitas vezes "agora vamos fazer assim, 'tá bem?". É claro que ela aprende com tudo o que a rodeia, é claro que ela imita o que ouve. Giro giro é observar que ela consegue aplicar as expressões no sítio certo (quem é que a ensinou a dizer Não goto disto, por ex?) e desatar a dizê-las de um momento para o outro.

E enquanto registo mais este avanço da linguagem dela a juntar aos muitos mais que ficam por registar, constato mais uma vez que este blog está a ficar cada vez mais aquilo que eu nunca quis. E não estou a gostar nada disto, para isso mais valia escrever um diário noutro sítio qualquer, mas também não tenho cérebro para mais. Nem tempo, nem paciência, nem imaginação, nem nada.

Que saudades que eu tenho do meu Circo...

Reticências. Muitas...

terça-feira, novembro 21, 2006

Mas afinal quantos dentes é que é suposto eu ter?

Não, ainda não fiz a árvore


Faço sempre no feriado de 1 de Dezembro. Mas como este ano vamos estar, se tudo correr como previsto, a ver as decorações de Natal na Disney, claro que estou com vontade de fazer mais cedo, ou seja, já no próximo fim-de-semana. Não consigo conceber passar uns dias a levar com Natal por todos os lados (e neve a sério esperemos ou então também pode ser a brincar porque em Paris não está assim tanto frio agora que neve à séria) e depois chegar a casa e não ter a árvore montada à minha espera.

Para já, esta é a única decoração que anda lá por casa. O Natau e o respectivo amigo, Nevi que ela me "obrigou" a comprar no LIDL há dias (era isso ou toda a gente a olhar para mim enquanto ela berrava Queio o Natau mãe!!!!). E como até estava a precisar de uns enfeites para a lareira...

Eu vou, eu vou


a caminho da piscina para mais uma aula. Estava tão despachada que já mudou de turma para a dos 24 aos 36 meses. Era das mais velhas, agora deve ser a mais nova. Mas isso impede-a de adorar estar ali e, principalmente, de adorar mergulhar a toda a hora? Não! Nunca vi ninguém gostar tanto de estar dentro de água (e agora digam-me que as crianças que nascem por cesariana têm mais dificuldade em adaptar-se à água, como dizem as teorias. Yeah, right).

A música da semana

O vento xopa à voulta da xidade
Não vamos caii
Exa é a vedade

sexta-feira, novembro 17, 2006

Árvore de Natal

Se ele já fez, eu também vou fazer!!!

segunda-feira, novembro 13, 2006

Tanta mas tanta coisa...

Os diálogos comigo: (à entrada do prédio)

Filipa, leva a tua mochila, ajuda a mãe
Não, leva tu

(quando o elevador abre a porta)
Obiada ilvadoi

Mãe, o que é isto?


Os monólogos com os bonecos:

Olá Janinha, eu xou a Pipa

Olá menino, eu xou a Pipa


Olá bebé. Queies a papa, queies?


Ao telefone comigo hoje de manhã:

A bata tá na cola, mãe?
Está na escola sim, Pipa, ficou lá
Tás a tabaiá, mãe?
Não Pipa, a mãe ainda está a chegar ao trabalho. E tu, vais para a escola?
Sim
Vais com o pai?
Sim

(sim, ela já diz sim em vez de é!!)

As inversões de sujeito:

A 'cola tá ali
Ali tá a 'cola

As meiguices:

Queio colinho. Colinho mãe, evanta mãe, evanta.


As músicas que ela sabe a letra (quase) toda e canta sozinha:

Parabéns a você
Atirei o pau ao gato
Olha a Bola Manel
O meu chapéu tem 3 bicos
Aquela do cavalinho que não saía do lugar e eu não sei o nome
A do peixe que eu não conheço mas canta na escola com direito a coreografia

(Haja cabeça para decorar isto tudo...)

quinta-feira, novembro 09, 2006

É assim? :-)

Tiago Luíss, na mamexe, é da Xaia!

E já agora, as que ela diz que nós custámos a perceber o que era
Titaio - contrário
Tiago - cuidado (além de Tiago propriamente dito)
Titilo - Leitinho
Patau - manteiga (esta é que juro que não percebo mesmo)

E não é que é bom?????

(travo ligeiramente picante no final...)

terça-feira, novembro 07, 2006

Oceanário


Foi lá no sábado, com o pimo Hen_ique, pela 1ª vez.

Algures lá pelos 3/4 da viagem estava farta e só dizia:

Mais peixi não!!

segunda-feira, novembro 06, 2006

As frases...

... continuam em catadupa. Infelizmente não fixo tudo mas estas andam entre as mais compridas.

A Patita tiou as botass da Pipa. (quando na 6ª a colega lhe puxou uma bota e descalçou-a)

A mãe pintou os caieios (candeeiros) - sim, é verdade, pintei os abat-jours das mesas de cabeceira.

E definitivamente, ela já conhece o "eu". Quando pergunto quem fez qualquer coisa, às vezes sai a Pipa mas também já sai muitas vezes: Fui eu!

Se eu adivinhasse

Tinha mas era deixado a balança ficar avariada. A nossa Laica (oferecida!) até é gira, fica bem na casa de banho, é certamente mais decorativa que aquelas balanças electrónicas normais. Então porque é que meti na cabeça que tinha de a mandar arranjar???

(recuso-me a dizer quanto é que pesei hoje mas este peso só grávida mesmo!)

sexta-feira, novembro 03, 2006

As coisas que eu não gostava e agora gosto ou será que também estou finalmente a crescer?

Comprei (melhor, mandei fazer) as primeiras botas de menina crescida (palavras da Susie que foi comigo e também mandou fazer) da minha vida. Bem, não exageremos. Mas que são as primeiras de matar baratas nos cantos da casa (se as houvesse!!) isso são. Até ver são do mais confortável que há mas isso provavelmente não se deve ao formato mas à pele e à confecção. Acho que nunca mais vou comprar botas numa sapataria na vida. Agora vou sempre mandar fazer ao meu gosto e medida certos e que por acaso, só por acaso, até saem bem mais baratas. Não tarda estou a usar sapatos. Obrigada pela dica à pitinha maluca cá do sítio que é uma querida.

Mais coisas que dantes ninguém me convencia e agora nem sequer é preciso tentar:

Leitão - vinha sempre frio ou requentado. Não achava graça nenhuma aquilo. Até que comecei a comer no sítio certo, acabado de fazer, graças à cara metade originária da zona do leitão. Agora adoro, de preferência com aquele molho de pimenta.

Picante - detestava, nunca pedia e agora às vezes apetece-me, não em tudo, mas estou mais receptiva. Idem para o caril que achava que não gostava (as vossas mães também usam a expressão "nós cá em casa não gostamos" para justificarem nunca nos terem dado a provar alguma coisa? É que o nós nem sempre se refere às 4 pessoas que constituiam o nosso núcleo.)

Água das Pedras - só bebia e só em golinhos, quando estava mal disposta. De repente fiquei viciada, primeiro em Pedras Salgadas. Agora em Pedras Salgadas limão. É que aquilo me sabe mesmo bem!

Iogurtes líquidos - dizia eu que não gostava porque me fazia lembrar leite e eu tenho a mania que não gosto de leite apesar de me obrigar a beber (e só o bebo quente com café e açúcar). Mas há umas semanas meti na cabeça que não deveria ser assim tão mau e se há alguns que continuo a não conseguir beber, por ex. morango (blharc todos os dias e nem com a fome negra que tinha quando estive no hospital quando a Filipa nasceu consegui beber aquilo), há outros que já adoro. Tudo o que for um bocadinho mais fora do vulgar marcha tipo aloe vera ou maçã verde com qualquer coisa que não me lembro. (Ando com vontade de experimentar aquele picante mas tenho cá um feeling que não vou gostar... lá está, morango)

Esparregado - dava-me vómitos só de olhar para aquilo. Durante a minha vida toda sempre me recusei a comer. Até que um belo dia resolvi experimentar. E adorei. Agora como quase todas as semanas. E a Filipa também gosta!

Pintar o cabelo - há alguns anos atrás dizia que nunca iria fazer isso apesar de já ter cabelos brancos desde os 20. Agora não resisto pelo menos de 3 em 3 meses, já não gosto de ver a porcaria das raízes...

Sardinhas - os anos todos que eu passei sem comer porque achava que não gostava só porque tinha muitas espinhas, agora ando a recuperar todos os Verões desde há uns 3 ou 4. É sardinhas sempre em todos os almoços/jantares em restaurantes (naqueles que as têm, claro)

Peixe assado no forno - em casa dos meus pais fazia fita para comer, aquilo era seco, horroroso, era um sacrifício que só conseguia enfiar na boca junto com um copo de água. Agora faço muitas vezes e... gosto!!!! Ou sou eu que sei cozinhar melhor (cof cof) ou o facto de não comer todos os dias coisas requentadas feitas pela empregada dos meus pais 3 horas antes, também ajuda!!

Não admira que eu não emagreça. A maioria destas coisas têm a ver com comida!!
(E deve haver mais mas agora não me lembro)

quinta-feira, novembro 02, 2006

O meu genro

faz-lhe festinhas quando ela chora, diz ponto já paxou pipa, arrasta (pelas rodas) a mochila dela até à porta quando ela se vai embora para a ajudar, fica radiante quando a vê chegar de manhã, dá-lhe abraços apertados e... às vezes chama-me mãe :-)

(ao que ela responde a mãe é mia!)

Ela está a crescer quando...

... já sai da cama sentada, a escorregar de frente, em vez de se sentar e virar para sair de rabo e marcha atrás

... pede pupa (desculpa) sem ser preciso dizer porque sabe quando faz alguma coisa mal...

... começou de repente a dizer por vezes Chuipa e Fuipa em vez de só Pipa...

... diz tem dói-dói eu . Parece que começa a perceber que existe um "eu"...

... pede muito menos a chucha e normalmente já só deitada na cama para dormir...

... sobe e desce da generalidade dos "mealheiros gigantes" sozinha, sem qualquer ajuda (os "carrocéis" dos cafés e afins que dão sempre origem a um Queio médas quando os vê) ...

... sabe acender e apagar as luzes lá de casa. Quando não consegue volta para o pé de nós a dizer tá cudo (escuro) ...

... sobe degraus de algumas escadas sem ajuda, sempre adorou subir escadas e agora só quer subir sozinha...

... despe-se toda sozinha (excepto a badola), tira a chaulda e vai pô-la no respectivo caixote do lixo, e entra para dentro da banheira. Sim, sozinha... (tenho de estar por perto para não bater com a cabeça no fundo da banheira, mas que ela alça a perna de maneira a conseguir entrar e entra mesmo...)...

... já diz o meu nome correcto ou pelo menos com as sílabas todas. Chujana (ou coisa que o valha) em vez de mãe jana como até agora...

... faz frases completas com verbo e tudo. Pipa, vens com a mãe à arrecadação? É, a Pipa leva a munheca (e corre para o quarto a buscar a boneca inseparável) ...

... anda a comer muito bem - assim dito baixinho que é para ver se não agoira...

... e tantas coisas mais que nos continuam a deixar boquiabertos todos os dias.

sexta-feira, outubro 27, 2006

Quanto é que não vale este sorriso?


que até era para mim!!

quinta-feira, outubro 26, 2006

Hoje

Bateram-me no carro.
(está tudo bem, foi só batida seca no pára arranca matinal, ele ficou mais assustado que eu e pediu desculpa 350 vezes, ia a falar com a filha que estava com febre no banco de trás)

Mas mesmo assim... co' camandro co' catano co' caneco...
(resquícios do Filme da Treta de ontem à noite. E com este já vão 5 vezes que vamos ao cinema desde que a Filipa nasceu! Viva!!!!)

Correcção: afinal este foi o 6º filme!

quarta-feira, outubro 25, 2006

Fiquei fã!!!

A primeira experiência com o Continente online não podia ter sido melhor. Durante a tarde ligou-me uma menina muito simpática porque 2 dos produtos que eu tinha escolhido não estavam disponíveis e gostaria de propor alternativas para saber se eu aceitava ou não e para avisar que outros 2 estavam em ruptura de stock. Nota muito positiva para o call centre. Tanto o rapaz que me ligou poucas horas deppis de eu ter enviado um e-mail a queixar-me de não aceitarem a minha morada no site, e esteve algum tempo a procurar um código postal da minha zona que o site reconhecesse (tive de pôr outros 3 últimos dígitos) como o outro que me atendeu no dia em que fiz a encomenda e tive uma dúvida, como a que ligou a substituir os produtos, eram 5 estrelas e não falavam à robot como a maioria dos operadores de call centre que quando dizemos uma frase que fuja lá do script que eles têm à frente ficam todos atrapalhados e começam a ler do ínicio. Só me dá ainda mais vontade de os tirar do sério e começar a dizer coisas que não era suposto dizer. Adiante.

Escolhi o horário entre as 18h30 e as 20h30. Cheguei a casa às 18h20 e o rapazito já estava encostado à ombreira do prédio com os caixotinhos azuis alinhados. Ainda lhe pedi mais uns minutos para ir pôr o carro na garagem e entrar por dentro porque com a miúda e a tralha não me estava a apetecer parar ali à chuva. Subimos nós e depois subiu ele. A Filipa estava encantada com o sinhoie, olá sinhoie, batade sinhoie e ele com ela. Cada vez que ele trazia meia dúzia de sacos para dentro de casa ela dizia obigada sinhoie e ele ria-se. E ele ia fazendo a legenda, aqui estão os congelados, aqui estão os frescos. Quando trouxe o pacote das fraldas, falou directamente para ela. "E aqui estão as fraldas da Pipa, não é?" É. Obigada sinhoie (sim, eu já a devia ter chamado 500 vezes à frente dele...)

Ao contrário do que eu supus (e não levaria a mal por isso) não são nada poupados nos sacos. Pelo contrário, acho que até exageram um bocadinho porque as coisas vêm todas separadas. Definitivamente, se continuar assim, raramente vou voltar a pôr os pés num supermercado. Eu até gosto de ir às compras e ver as novidades e as promoções e tudo e tudo mas com uma mini criatura a querer sair constantemente do carro (porque na cadeira própria onde os outros miúdos todos ficam horas sentados, ela só aguenta 30 segundos), a querer ir para o chão, a empurrar os carros pequeninos que adora mas que vai enchendo de coisas que vê nas prateleiras e vai contra as pessoas e coisas... e assim perdemos 3 horas e ganhamos 30 cabelos brancos e é um stress.

Mais vantagens... Poder comparar preços de produtos semelhantes muito mais facilmente sem ter de andar a saltar de prateleira em prateleira, perceber muito mais facilmente quais são os que estão em promoção e escolher só esses se me apetecer... e la créme de la créme, ir directo ao que efectivamente queremos e está na lista em vez de trazer o triplo (quadrúplo, quintúplo...) das coisas que íamos comprar (que é o que me acontece sempre que entro num supermercado). Tudo isto sem levantar o traseiro da cadeira, no conforto do lar, domingo à noite se me apetecer apesar de estar tudo fechado, tudo ali à frente dos meus olhos com apenas um rato a separar-nos.

O único senão é não aceitarem os talões de desconto da GALP mas até isso me disseram que vai ser resolvido até final do ano.

Mas porque é que eu não fiz isto mais cedo???

terça-feira, outubro 24, 2006

Ela e sempre ela

A meio da noite é capaz de nos chamar e pedir tapa os péis quando está destapada (e na escola faz o mesmo com a Xaia), ou dizer a sxusxha está chuja quando a dita tem cabelos meus agarrados (daqueles que ela me arranca ao adormecer).

E sim, voltei a ter de ficar com ela na cama para adormecer. Depois de pedir a mújica vêm as ordens. DEITA MÃE, DEI-TA!" Assim mesmo aos berros. Já tentei voltar às desculpas do venho já, a mãe vai só ali, mas não voltou a resultar. A mola que ela tem no uabo entra logo em acção e não fica sossegada (eu sabia que não devia ter falado no assunto tão cedo!) enquanto eu não me deitar. No primeiro dia não tentei muito, ela estava meio com febre, tadita. Depois tentei mas não resultou nada. Voltámos ao início. Eu, quase com uma pelada do lado esquerdo, deitada numa cama que mede menos que eu.

Se eu tivesse alguma pancada por sapatos e afins, diria que ela podia sair a mim. Mas não, eu não tenho e ela só pode sair à avó. Não pode ver sapatos, botas, ténis, etc, sejam de quem forem, sem se sentar imediatamente no chão, começar a tirar os dela para calçar os outros. Calça os do primo sempre que os apanha à mão mas também calça os da mãe e do pai e os dela própria quando chega a casa e embirra que tem de tirar os que tem e calçar outros. E quando a queremos vestir e calçar e ela não quer porque não quer calçar o que nós queremos e é mais apropriado? Saiem-lhe coisas tipo: Os ténis não mãe. As botiss, é meohi. E assim me fico.

E já agora, quem arrisca a dizer o que é: a Teja, a Mata, o ei, o xonxo...

segunda-feira, outubro 23, 2006

Amor de mãe é

acordar às 4h30 da manhã com 2 espirros dela (que não a acordaram a ela!) e em vez de ficar no quentinho da cama e voltar automaticamente a adormecer, levantar-me automática e completamente zombie para ir ver se estava tapada (que não estava, claro).

O cúmulo do vício? Conseguir pensar, exactamente no instante em que percorria o corredor aos tropeções, "Hum, isto dava um post"... (vá internem-me).

Já tenho Continente online!

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(vamos ver se amanhã a felicidade se mantém)

quarta-feira, outubro 18, 2006

Cocó gandi

Agora anda numa de, às vezes, pedir para fazer as suas necessidades na nanita ou no baxio. Às vezes chega a casa e quando dou por ela, já está sem ténis, sem calxas, com a xalda (juro que soa assim) na mão, a dizer que quer fazer xixi. Outras, normalmente depois de jantar, sentada na cadeira de comer, começa a fazer força e a gritar cocó gandi, cocó gandi. E lá vamos nós a correr para a casa de banho onde umas vezes a conseguimos sentar antes do dito sair, outras já vem o presente na fralda. Há dias, no Imaginarium, enquanto eu escolhia uma prenda, ela entretinha-se com uma caixa de um carro telecomandado (de tudo o que havia na loja, ela escolheu um carro!) e quando olho para ela estava de cócoras com cara de "força". Filipa, o que é que estás a fazer? Cocó gandi!"

Pois, quem me manda perguntar!

terça-feira, outubro 17, 2006

tentem lá convencer-me outra vez que os dentes não dão febre.

Porque cá em casa, sempre que nasce um dente há uma febre. Baixinha, que passa com um ou dois ben-u-rons mas febre. E se essa febre for por outro motivo qualquer porque é que um dói os dentiss acompanhado de uma mão toda enfiada na boca (ou um dói o uabo se um supositório tiver acabado de ser inserido...) estão, agora que ela já se expressa, a acompanhar a dita da febre? Na semana passada foram os caninos, agora será um ou mais dos molares. O que é certo é que foram (estão a ser?) duas febres em pouco mais de uma semana.

Mito urbano... bah.....

segunda-feira, outubro 16, 2006

Soltas para a posteridade

No seguimento da baba que impera aqui por estes lados, só é pena não conseguir descrever correctamente em palavras o queixo caído, boca aberta e ar de espanto do pediatra na consulta dos 21 meses da terrorista enquanto ela falava, falava, falava, falava e raciocinava, raciocinava, raciocinava, raciocinava... Eu já achava que era demais, agora a sensação sai ainda mais reforçada com a repetição (já mencionada na consulta dos 18 meses) do "isto não é normal, vocês sabem que não é normal, não sabem? e com a sugestão de "se calhar ela tem de avançar um ano na escola..." Não me parece nada bem se isso implica mudar de educadora e mudar de amigos. Mas que ela é uma tagarela e faz frases de mais de meia dúzia de palavras, constantemente, isso faz.

Não admira que às vezes nos esqueçamos que estamos a falar com um bebé. Ontem, a avó relembrou que na altura do 25 de Abril e meses subsequentes, com a idade dela mais ou menos, eu cantava perfeitamente: Uma gaivota voava voava, quando for grande não vou combater... E ainda me queixo da precocidade da miúda.

Há dias, não sei bem porquê, dissemos-lhe o nome todo. Ela repetiu, um a um a seguir a nós dizermos. 2 ou 3 dias depois, estávamos a jantar, ela estava entretida na cadeira dela e de repente sem mais nem menos, diz o nome todo seguido, à maneira dela, mas todo correcto (e olhem que ela tem 4 apelidos...). Estes putos de hoje em dia têm muitos mais gigas de memória que nós tinhamos, ou é impressão minha? E agora quando lhe perguntamos o nome, já não diz só Pipa, diz o nome todo (isto mais o contar até 10 e ter acertado a cor das calças do boneco que o médico, o doutoi migo, lhe deu para a mão, justificam a boca aberta dele. Se bem que as cores, continuo na minha, é uma questão de sorte. Dantes respondia amaielo a tudo, agora umas vezes diz vede, outras azuli).

De resto, tudo bem com os 11 kgs de gente. Acho que não me preciso de preocupar com as notícias de hoje de que Portugal tem a maior taxa de obesidade infantil da Europa (ou qualquer coisa assim parecida) porque ela é bem capaz de só fazer uma refeição (das maiores) por dia. Ontem almoçou lindamente esparguete à bolonhesa pela própria mão, nem cuspiu a carne nem nada como costuma fazer. Para compensar não jantou e não quis o leite à meia-noite (esta parte é que é estranho ter recusado).

Pela segunda vez consecutiva (sábado e domingo), adormeceu sozinha na cama dela, sem um de nós ao lado, sem o meu cabelo a ser puxado. Já há uma semana que eu andava a treinar a estratégia. Deitava-a, ela dizia queio mujica mãe, eu ligava a aparelhagem (o CD da Cerelac é um espectáculo para adormecer) e depois dizia-lhe que me ia embora. E ela deita mãe, deita aqui e apontava o espaço da cama ao lado dela. A mãe vem já, vai só ali e vem já, 'tá bem? (vestir o pijama, ir à casa de banho, qualquer coisa servia). Foi sempre verdade. Eu fui de facto fazer essas coisas e voltei. Para ela ver que não estava a mentir e que voltava mesmo, outras vezes porque ela deitadinha na cama sem se levantar (coisa rara e nunca vista) chamava mãeeeeeee. Sábado menti-lhe. A mãe vem já, 'tá bem? É. Mas não voltei, não com ela ainda acordada pelo menos. A festa de sábado com muitos amigos e o cansaço com que ela estava deixaram-me adivinhar que aquilo ia ser instântaneo, logo um bom dia para experimentar. Funcionou lindamente. Ontem voltei a tentar. Achei que me ia chamar em segundos mas não chamou. Fui lá espreitar e estava acordada, braços a mexer, mas deitada como a tinha deixado. Não me viu. Voltei minutos depois. Já dormia. Mais uma batalha aparentemente vencida. Mas então porque é que me sinto tão mal por lhe mentir????? :-(

Se dorme bem na cama grande, está muito bem desenvolvida a nível motor, de linguagem, de raciocínio e tudo e tudo, é fácil de aturar (apesar da energia inesgotável não é muito de birras e é fácil de levar com outra distracção), como quem diz, se esta saiu bem, está na altura de mandar vir outro (e foi a 1ª vez que o pediatra falou no assunto... oh... o cerco aperta...)

Não deixem que ela se torne num macaquinho de circo... os pais e os avós têm tendência para estar sempre a pedir-lhes para fazer coisas quando eles são assim, mas não caiam nessa tendência. Dêem-lhe muito carinho e muitos beijinhos (desde o 1º dia que ele diz isto e isso só me faz gostar ainda mais dele).

Portou-se bem na consulta, só choramingou para ver os ouvidos (tudo bem sem otites, ufa), de resto deixa fazer tudo mesmo com alguma resistência. Só me lembro dela ter chorado numa única consulta até hoje, entre rotinas e urgências devem ter sido umas 12. Só chorou numa, é uma boa média.

Mental note: não esquecer que ela só tem 21 meses a caminho dos 22. Sim, nós se calhar puxamos um bocado por ela, porque repetimos o que dizemos, porque verbalizamos tudo o que fazemos, afinal o mesmo que se faz na escola. Mas ainda acho que é mais ela que puxa por nós, parece que está sempre sedenta de conhecimento e coisas novas e apreende tudo (até já chama chato a um de nós quando alguma coisa não lhe agrada...)

Hoje há reunião de pais no colégio. Estou curiosa para saber tudo o que vão fazer este ano. E para saber como é que ela se está a dar no sítio onde passa a maior parte da vida (até parece que não vou sabendo as aventuras e conquistas diariamente, mas nunca é demais saber)!

Hoje estou... restless.

quinta-feira, outubro 12, 2006

É que eu gosto mesmo disto!

Cada dia que passa mais me convenço. Eu devia mesmo ter ido para Informática. Poucas coisas me fascinam tanto como isto. Alguém tem uma máquina do tempo para eu mudar só algumas coisinhas - muito poucas??

quarta-feira, outubro 11, 2006

Já chegou!

O LIDL já vende chocolates com pais Natal.

O Panda já começou a dar anúncios de brinquedos intercalados com desenhos animados em vez de desenhos animados intercalados com anúncios de brinquedos.

Ouvi dizer que já há cidades com a iluminação das ruas montada.

Hoje, na Comercial, o Pedro Ribeiro passou não só o famoso anúncio do coelhinho com o Pai Natal e o palhaço no comboio a caminho do circo, como também o Last Christmas!

E agora digam lá se o Natal não é quando nós quisermos.

terça-feira, outubro 10, 2006

Adoio-te!

Ando numa fase um bocado babada e não me vou dar ao trabalho de o esconder. Derreto-me só de olhar para ela e ao observar o seu comportamento, reacções e raciocínios. Acho que até tenho motivos para isso (pelo que conheço dela e pelo que todos que a conhecem me dizem... educadora, pediatra, professora de natação, conhecidos e desconhecidos...) e se não me lembro de tudo o que diz e faz, pelo menos algumas ficam registadas para me ajudar a mim própria e às minhas frequentes falhas de memória.

Está uma menina crescida, do mais meigo que há quando quer. Adoro conversar com ela, porque efectivamente dá para ter conversas com ela. Percebe tudo e não só percebe como se consegue fazer compreender e quando percebe que o conseguiu, fica toda contente. Há uma ou outra palavra mais difícil (o pai às vezes consegue traduzir melhor que eu) mas no geral percebo-a sempre. As palavras vão melhorando com o tempo. É refilona e teimosa quando lhe dá para isso. Só come o que lhe apetece e quando lhe apetece. Sopa só na escola, em casa não consigo dar-lhe nem uma colher. Iogurtes e leite é a toda a hora, alimentava-se só disso se pudesse ser. Normalmente dorme bem, agora anda numa de quase directo das 20h às 8h, mais coisa menos coisa (excepto nas noites em que os dentes se portam mal!).

Acho que nunca me tinha passado pela cabeça como é possível uma pessoa apaixonar-se por um filho. Mas é assim que me sinto, cada dia mais, por ela.

Agora anda aflita dos dentes. Diz dói-dói e aponta a gengiva enquanto choraminga... Queio médo Queres o remédio? É, uabo. No rabo? (pois, os supositórios). Não, olha este remédio é na boca. Boca (e abre a boca, deve estar mesmo mal, para querer remédios!)

Acho que não gosta de me ver de cabelo preso (não, não foi por isso que o cortei) porque sempre que me via de rabo de cavalo, dizia (e tentava tirá-lo) tia, tia o totó mãe!

É minha (assim mesmo, com todas as letras quando acha que alguma coisa é dela. Outras vezes diz é da Pipa

queies papa? Queies papa do bebé mãe?" (a espetar-me a colher do nenuco na boca)

como chamas pai?, como chamas mãe - fica toda contente quando respondemos o nosso nome e dá uma gargalhadinha. E tu, como te chamas? Pipa! Pipa quê? Pipa Baiel! (já diz o apelido hã!)

Quando é contrariada, às vezes levanta a mão, abro-lhe os olhos e digo que não se bate na mãe e ela imediatamente me faz festas na cara e diz fetinha como quem diz "só se faz festinhas". Ou ponto, ponto como quem diz já passou . Às vezes até diz cupa que é a maneira dela de pedir desculpa.

Adora dar beijinhos aos dois ao mesmo tempo, agarra o pai com um braço e a mãe com outro, depois vai dizendo e empurrando pa tás mãe e pa tás pai conforme lhe apetece um ou outro

a mãe é da Pipa se alguma outra criança se mete comigo

aquela é da mãe, aquela é da pai, aquela é da Pipa - apontando para tudo, sapatos, malas, carros, etc e sempre no feminino.

Comprei uns sapatos e ela sai-se com sapatos novis... apontando para eles.

queio o lápis queio o djenho - risca tudo, inclusive o chão da cozinha.

conta até 10 sem lhe pedirmos: um doix, tés, caco, cinto, seix, sete, oto, novi, dexxx (quem diz que não se aprende nada na televisão?)

Pouco bauio mãe (se ligo a picadora ou a varinha mágica)

Queio os ténis - se lhe calço outra coisa qualquer... Ou queio as botasss se lhe calço os ténis Ou queio os nanelos (chinelos) se lhe calço botas... Enfim, estão a perceber o esquema.

Dá cá o titinho, já chega (quando o biberon ainda está no micro-ondas a aquecer)

É po aqui (quando vamos a algum lado e ela acha que sabe o caminho, vou a conduzir e ela vai a dar as dicas)

Last but not least o pai ensinou-a a dizer um segredo. E sempre que lhe pedimos para ela dizer um segredo, ela diz: adoio-te!

Escapadelas

Esta escapou-se por pouco na semana passada (mas havemos de lá chegar um dia destes)



Mas esta já não escapa em Dezembro (mal posso esperar para lá voltar!)


(com muita música e luzes de Natal e de preferência, já agora, só mais um favorzinho, de alguma neve a cair!! Parece muito estúpido se eu começar já a contar os dias?)

sábado, outubro 07, 2006

Porto (muito) Santo





Vocês gozam



mas eu é que sei a dor de pernas com que fiquei. Para a próxima quero uma menos eléctrica.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Mudanças

Cortei o cabelo tão curto, mas tão curto desta vez que acho que já foi há 30 anos a última vez que não precisei de segurar o cabelo para lavar os dentes. E agora não preciso!

(e inscrevi-me na hidroginástica. Ainda estou em lista de espera, mas o que conta é a intenção!)

segunda-feira, outubro 02, 2006

Faltam

exactamente 2 meses para estar de férias outra vez (não contando com o próximo fim-de-semana prolongado) e estou cá com uma vontade de ir ver as decorações de Natal à Disney...

(é impressão minha ou as férias andam a dominar a minha cabeça?)

sexta-feira, setembro 22, 2006

E agora

vou de férias.

No início era o verbo

Uma coisa são gralhas. Eu escrevo muitas e a toda a hora. Sou completamente disléxica no teclado e se algumas acabo por descobrir e corrijo, outras ficam mesmo assim. Quantas e quantas vezes escrevo cosia em vez de coisa, masi em vez de mais, memso em vez de mesmo, apra em vez de para. Mas essas são isso mesmo: gralhas. Que não daria se estivesse a escrever com caneta em vez de teclas. Outra coisa são as vírgulas que muitas vezes não sei onde colocar e que às vezes não parecem ficar bem em sítio nenhum. Não sou nenhum génio da escrita nem pouco mais ou menos mas o que eu não suporto mesmo e admito a quem quiser ouvir, são os erros ortográficos.

Principalmente aqueles bem cabeludos. Aqueles que me irritam e enervam e tiram do sério e que me fazem ter vontade de bater em alguém. Aqueles que de os ver tantas vezes duvido de mim própria ao ponto de ir confirmar no dicionário como se escreve alguma cosia (vêem??) que eu até tinha a certeza como era, mas de ver tanta e tanta gente a escrever de outra forma (mal) fico sem saber se sou eu que estou errada (e chego sempre à conclusão que estava certa e nesses momentos autoflagelo-me por ter duvidado de mim própria!)

Então quando são dados por pessoas que ganham balúrdios para não fazer um corno e que nem se dão ao trabalho de saber escrever Português, ainda me irritam mais. Não só irritam como chocam. Não acho admissível que ninguém que tenha andado na escola os dê quanto mais alguém que tirou um curso superior e que é director de alguma coisa. Devia ser proibido. Antes de serem contratados deviam fazer uns ditados, umas provas, qualquer coisa. E se dessem daqueles erros de fazer corar as pedras da calçada, deviam ser excluídos sem apelo nem agravo. Desemprego com eles.

Lembro-me de corrigir erros de professores da faculdade no quadro. Lembro-me do professor de Informática escrever expontâneo. Lembro-me de outra professora ter escrito um erro horroroso no quadro. Lembro-me dela e lembro-me da situação, só não me lembro da palavra.

Quem não sabe escrever devia estar quieto. E quando os erros são dados por pessoas com que simpatizo, que são boas pessoas, que são queridas e tal mas que não sabem escrever, fico triste. Primeiro chocada, depois desiludida e com pena. Pena que não saibam como escrever as palavras, pena que nunca tenham tido bons professores como eu até acho que tive alguns, pena porque os pais não os incentivavam a ler quando eram miúdos como eu tive a sorte de ter, pena porque o mundo para eles é muito mais limitado. É um mundo de enganos e de erros. De Português, é certo, mas de erros (e os que deviam ser despedidos são só os directores, atenção!).

Há os frequentes há sem h e há com h quando é sem, os estivestes, fizestes, ouvistes, comestes (quando referente à 2ª pessoa do singular), os famosos daria-se, faria-se, os inenarráveis "tracinhos" nos verbos: volta-mos, enviar-mos, atingir-mos, deixar-mos...

À cerca, tragecto, geito, diverção, anoréxica, pretenção, vôo, acelarar. Agora até há um novo: passífico. Conhecem? Eu também não conhecia até há poucos dias.

Também há os que não aparecem escritos mas ouvem-se por aí... Fáçamos, póssamos, vistezio ou encontrastezio, levazios ...

Basta vaguear um pouco por aqui para encontrar mais uns quantos. Felizmente até nem encontro muitos. Mas isso é porque os sítios onde os há, são pouco visitados por mim. Prefiro aqueles que são lufadas de ar fresco, daquelas pessoas que nasceram para escrever e que me fazem pensar: bolas, como eu gostava de escrever assim. Para não ferir susceptibilidades, não refiro ninguém. Mas eles sabem quem são.

No trabalho não me safo. Todos os dias chegam e-mails das mais diversas pessoas, dos mais diversos cantos do país, dos mais diversos níveis sociais. E aí a lista é interminável. Dá-me logo vontade de responder de volta que só respondo quando a pessoa aprender a escrever como deve ser. Mas infelizmente não posso fazer isso. E nesses casos limito-me a forçar-me a usar no e-mail de resposta as mesmas palavras - correctas - que me enviaram erradas. Pode ser que assim se faça luz em algumas cabeças. Ou não.

Ah, e só para terminar, porque é coisa que agora muito aparece por aí em inúmeras versões diferentes, expectoração escreve-se assim como está aqui. Nem com s nem com u mas assim.

E se alguma vez me apanharem algum erro, por favor corrijam-me que eu cá não gosto de passar a vida a escrever coisas erradas e prefiro que me digam logo para eu aprender como é. Ou nesta vida não estivéssemos sempre a aprender... e eu quero continuar.

quinta-feira, setembro 21, 2006

Minhas lindas

Não vos queria de todo induzir em erro. Às vezes desabafo sem pensar na interpretação que palavras menos óbvias poderão ter nessas cabecinhas babybloguísticas. Portanto, hold your horses, a natalidade no país ainda não vai aumentar. Quando for isso, serão (quase) as primeiras a saber :-) Mas por enquanto, não é! Já vos disse que mesmo sem vos conhecer (algumas), gosto muito de vocês?? ;-)

quarta-feira, setembro 20, 2006

Quanto mais penso nisso

mais entusiasmada fico (mais assustada também mas isso logo se vê)

quinta-feira, setembro 14, 2006

Reflexões

Em conversa de bebés com as colegas (que hoje em dia deve ser aí 75% das nossas conversas), cheguei à conclusão que o que me assusta no 2º não é passar por tudo outra vez, não é a barriga descomunal, o desconforto ou as dores de parto. Não são as noites mal dormidas, a chatice da amamentação ou os choros a toda a hora. O que me assusta a sério é a falta de paciência para a 1ª que o 2º possa vir a gerar no processo.

As frases mais ouvidas nas férias (ainda...)







Dele: A Fuipa??
Dela: O Caquinho??

terça-feira, setembro 12, 2006

Monólogos

Demorámos meia hora para sair da escola. Eu demorei meia-hora a conseguir arrancá-la do colégio. Tem de experimentar sempre todos os carros, todas as motas, todos os escorregas, todos os brinquedos, entrar em todas as salas. Fugir, fugir, fugir. A minha paciência ontem não era das melhores. Este calor irrita-me cada vez mais. Odeio estar permanentemente a destilar. Odeio ter a roupa colada ao corpo. Odeio a moleza que isto me faz sentir. Odeio acordar de noite a escorrer água. Odeio ver a miúda com o cabelo sempre como se tivesse acabado de tomar banho.

Chegámos a casa, não queria sair do carro. A conversa não funciona, vai à força. Menos mal, não rabujou. Queria ser ela a marcar o código da porta. Claro que não teve força para todos os números, mais uns minutos perdidos. Ela ao colo para não se pirar. Mais a minha mochila, mais a mochila dela. Mais um saco. Mais as chaves na mão. Mais este calor pegajoso a tirar-me do sério. Estou tão cansada que só me apetece dormir.

Entramos no elevador (ela carrega no botão para o puxar) Betão vadoi mãe

Já no nosso andar: Dá cá isso mãe (aponta as chaves)

A Pipa abi (mas sou eu que abro a porta, claro que ela não consegue)

Ela já no chão empurra a porta - Poi entar mãe como quem diz "entra"

Já lá dentro empurra a porta para a fechar - Pota chada mãe

Isto tudo sem eu dizer uma palavra. Ela deita os foguetes, apanha as canas...

Eu só queria dormir. Mas ela ainda conseguiu fazer mais umas asneiras daquelas que já repetimos vezes sem conta que não deve fazer, como abrir a torneira do bidet e molhar o chão todo (nunca vi ninguém gostar tanto de água!), que me fizeram dar-lhe uma palmada. A primeira a sério. E estava sem fralda. Rabo ao léu. Saiu com mais força do que eu tinha imaginado. Ficou com os dedos marcados. Chorou, chorou, chorou baba e ranho. Mas veio agarrar-se a mim. Claro que não vale a pena dizer que também me custou. Explodi, pronto. Acontece. Não sei se foi o suficiente para não voltar a repetir. Acho que não. Mas ela sabe bem o que não deve fazer. Tanto é que se chega ao pé das coisas e repete "Não meixe Pipa" com ar de desafio. Há dias que aquela energia toda me deixa esgotada, cansada e sem paciência nenhuma. Até na escola ontem me perguntaram como é que eu consigo fazer alguma coisa em casa se ela não pára um segundo (só quando está a ver desenhos animados, aí tenho uns minutos de tréguas).

Queria tanto dormir!

segunda-feira, setembro 11, 2006

Não consigo

deixar de me sentir triste neste dia.

sexta-feira, setembro 08, 2006

Ainda as férias

(porque a verdade é que não me apetece nada trabalhar)

Obrigada a todas pelos parabéns (isto é mesmo um mundo feminino). Eu sou daquelas que não ligo a mínima ao dia de anos e até dispensava passar o dia a repetir a mesma coisa às pessoas ao telefone (obrigada, obrigada, obrigada), mas enfim, não há nada a fazer e o dia chega certinho uma vez por ano.

Já não me dói o pescoço mas para compensar, hoje ao sair da banheira, bati com o pé com toda a força na dita cuja. Até vi estrelas. Só não gritei porque a Pipa ainda estava a dormir e podia assustar-se. Mas custou engolir os gritos. E ainda me dói o dedo do meio! (quem é que me manda a mim sacudir a água dos pés abanando-os quando ainda estou mais a dormir que acordada?)

E como isto já está a parecer um blog-diário daqueles que não tenho paciência nenhuma para ler, esqueçam tudo.

Voltando às férias (já só faltam duas semanas!), dia 19 a Pipa teve o seu baptismo de voo (se não contarmos com o baptismo de voo intra-uterino, há dois anos!). Apesar de ainda não ter direito a uma cadeira só para ela, a verdade é que teve porque o avião não devia estar lotado, apesar de parecer. Vi mais uns quantos bebés a irem com os cintos próprios para ir ao colo mas ela devia ser a mais velha desses e teve direito a cadeira. Como é que correu? Bem, ela não queria estar sentada, essa é óbvia. E com o cinto posto menos ainda. Agora tentem manter sentada uma lombriga com cintura de vespa numa cadeira de adulto com um cinto que só prende na barriga. Pois. Berros, berros e mais berros. Só acalmava quando uma das hospedeiras que era uma querida (apesar de espanhola) vinha meter-se com ela. Tirando isso era impossível. Claro que quando o sinal do cinto se apagava, a deixávamos à solta a fazer o que queria (o que significou estar de pé no banco, aos saltos, e desce e sobe e tenta enfiar-se entre bancos para passar para o de trás ou da frente, enfim, o filme da mexilhona do costume. Tinha ou não tinha razão em escolher um destino que não chega a duas horas de caminho?

Na volta o avião devia vir mais cheio. Ou a estúpida da espanhola do check in (sim, continuo a não gostar de espanhóis apesar de este ano já lá ter ido passar férias duas vezes e ainda estar a pensar ir mais uma) não lhe apeteceu deixar aquele lugar vago de propósito. Seja como for, teve de vir ao colo, agarrada com o cinto dos bebés. A espernear por tudo quanto é lado para se soltar. Mas como vinha ao colo e à janela, até nem correu muito mal. Ajudou o facto do sinal do cinto só ter estado aceso na decolagem e na aterragem. De resto andou a saltar de colo em colo, a virar-se para trás a brincar com o Caquinho, aos saltos e pulos e saltos e pulos e saltos e pulos. A querer ir para o chão e quase se metia debaixo dos bancos (que inveja que eu tenho daquela agilidade). Acho que no final das contas, até correu bem. Mas não quero imaginar se tivéssemos tido a triste ideia de a levar a um sítio qualquer que ficasse a 8 horas de viagem...

quinta-feira, setembro 07, 2006

Efemérides

Há lá melhor prenda de anos do que começar o dia com um torcicolo que nos impede de virar o pescoço?

(isto não está a começar bem!)

quarta-feira, setembro 06, 2006

É nestas alturas...

... que me apetece ficar grávida outra vez!!!!!

(tradução: mais uma colega de trabalho e mais uma amiga grávidas. Curiosamente ambas com o mesmo tempo, 13 semanitas de gestação!)

(E sim, eu sei, a inveja é uma coisa muito feia! mas olhando agora para trás, é mesmo um estado interessante e único, não é??)

Regresso às aulas

O assunto do momento aqui na comunidade também chegou cá a casa. E foi pacífico, tal como se esperaria. Aliás, eu até estava à espera que depois de tanto tempo connosco, ela estranhasse mais. Mas depois da choraminguice da chegada no primeiro dia e a gritar pai (que depois durante o resto do dia já esteve bem), ontem quando lá chegou já virou costas e foi brincar. O pai ainda lhe conseguiu roubar um beijo e um xau mas o que ela queria mesmo era saber do recreio. Tenho a certeza que estava com saudades dos amigos e das rotinas da escola. Nas férias falou nos nomes das educadoras algumas vezes. E é giro que já os diz de maneira diferente. A evolução da linguagem nas férias foi realmente uma coisa assustadora. Nós demos conta disso e estivemos com ela todos os dias, mas quem não esteve ainda notou mais.

A sala é nova, a Táia continua lá para as brincadeiras e para a ensinar. Tem uma amiga nova para a ajudar, a Luxa (que ontem à saída também teve direito a beijinho espontâneo, tiveram todas as que lá estavam). A Inda foi tratar dos meninos de outra sala e deixa muitas saudades em todos. O recreio é novo, muito maior, com relva a sério, e muitos escorregas aos quais ela ontem fez questão de limpar o pó a todos várias vezes, enquanto eu tentava durante 20 minutos arrancá-la de lá para ir embora para casa. Ela adora o colégio e eu adoro que ela adore o colégio. Há mais crianças e mais ... Rapazes... (!!) e por isso ela gosta mais de brincar ali. (é nítida a preferência por rapazes / homens). E há os um-bocadinho-mais-velhos da sala ao lado que partilham o recreio com a turma dela. Também gostou da cozinha em miniatura que tem na sala, veio chamar-me para a mostrar.

No último dia de aulas antes das férias, a Inda escreveu no caderninho da Pipa, palavras que me fizeram vir as lágrimas aos olhos (e eu nem sou muito destas coisas). Além da Filipa ser uma bebé especial (para mim é com certeza mas fico feliz por saber que é para outras pessoas) é bom saber que as pessoas que tomam conta dela na nossa ausência, sentem a confiança que nós temos nelas e que ambos tentámos passar ao longo do último ano. E não podia deixar de escrever aqui um muito sentido "obrigada Inda". Por tudo!

A verdade é que somos descomplexados nestas coisas. Eu até mais que ele. Às vezes digo que sou desnaturada ou anti-galinha mas a palavra melhor saiu da boca desta menina no outro dia e foi: racional. Eles têm de ir para a escola, boa? Mais cedo ou mais tarde vão, porque a vida é mesmo assim. Então não vale a pena stressar sobre o assunto. Jamais me ocorreria ficar em casa com ela porque tenho a certeza que daria em maluca com isso. Preciso de fazer outras coisas e ter conversas de gente grande (ainda que também se fale de fraldas!) E ela também precisa de crescer para o mundo. Durante a vida vai cruzar-se com inúmeras pessoas e vai ter de saber lidar com isso. Mais vale começar já, num ambiente do melhor que há. Cada um sabe de si mas para mim, até ver e só em circunstâncias muito particulares (e eu até conheço algumas noutras pessoas), é que poderia tomar outra opção que não a da escola que continua a ser a única que me parece boa a todos os níveis. Ajuda ter confiança a 200% na escola, é verdade, mas também vai um bocadinho de nós. Se eu não confiasse, se calhar não tinha telefonado apenas uma única vez para a escola a perguntar por ela, durante este mais de um ano. E foi no primeiro dia, aos 5 meses. Mas se eu não sentisse a alegria, boa disposição e profissionalismo quando entro por aquelas paredes se calhar não estava tão confiante. É tudo uma questão de sorte.

A poucos kms de distância, o primo Ique também começou a sua vida escolar. Pela primeira vez, com pouco mais de um ano, lá foi ele todo contente. De sorriso fácil e sempre bem disposto, virou costas ao pai e lá foi ele brincar. Ai é para eu ficar aqui? Então está bem. Ala que se faz tarde. Nem ai nem ui. Grande sobrinho, assim é que é!

Para todos os pais que estão agora a passar pela angústia de deixar os filhos na escola pela primeira vez (e apenas utilizo angústia pelo que leio já que não me identifico minimamente com o sentimento): relaxem! Eles adaptam-se melhor que nós. As vossas lágrimas não vão fazer passar as deles. Pelo contrário, podem agravá-las. Podem até chorar nos primeiros dias - mas não é verdade que eles choram por muitas outras coisas e também choram quando estão connosco? Podem até demorar uns dias a adaptar-se - mas não passámos já todos nós por isso? Mas depois da tempestade... vão ver que vai chegar o tempo em que eles não querem vir embora (eu que o diga), que os que comem mal vão na escola comer melhor (eu que o diga também), vão fazer amigos e aprender a partilhar brinquedos. Vão lidar com pessoas de várias idades. Vão crescer para o mundo. E vão ser certamente felizes. Também vão esmurrar o nariz (mas terão lá alguém que lhes vai dar beijinhos e ajudá-los a levantarem-se), vão apanhar varicela ou outra coisa qualquer (mas isso faz parte da vida e mais vale agora que depois), vão levar uma mordidela ou um puxão de cabelos de um coleguinha mais atrevido. Mas vão aprender a defender-se. A super protecção gera adultos inseguros, penso eu de que. E não me venham com as tretas de que eles não aprendem nada na escola e que não interagem até aos 3 anos porque isso é mentira, venham as teorias que vierem, fico na minha. Por muito que nós puxemos por ela e que lhe tenhamos ensinado muitas coisas, houve muitas outras que não ensinámos e ela sabe. E só pode ter aprendido no colégio e em mais lado nenhum.

Quantos de nós não se recordam do stress de um primeiro dia de aulas ou do primeiro dia de um novo emprego? Por norma, os primeiros dias são complicados para toda a gente. É um mundo novo, afinal. Que eles vão conhecer e vão saber dar a volta por cima. Por isso, liguem os descomplicómetros, não fiquem inseguros e vai correr tudo bem, se não for nos primeiros dias, há-de ser logo depois. Boa sorte a todos!

E depois, estes são ou não são os melhores anos da nossa vida?
(mal posso esperar para ir comprar a lista de material escolar, ai as saudades desses tempos...)

terça-feira, setembro 05, 2006

Dourados





É um pé e só dá para ver que tem uma corzita (apesar de constantemente besuntada com factor 60) porque fica com um risquinho mais claro nas "dobradiças" dos pés e das mãos.

Lanzarote - água