terça-feira, junho 27, 2006

Continuação d' A fabulosa saga dos meios de transporte da D. Filipa


O caixotómóvel

Vícios. Ou falta deles

Bebo cerca de 1 café por mês. Ou com dizem as colegas, a gozar comigo "o café do mês". Não me faz minimamente falta, não tenho esse vício, nunca bebo depois de almoço ou depois de jantar ou ao pequeno-almoço. E só comecei a beber o tal café do mês há uns 3 anos. Já bem mais velha do que a maioria das pessoas quando começam com este vício tão português. Sou eu e o meu irmão. Nos restaurantes, os empregados olham sempre para nós com ar de "que-estranhos-mas-toda-a-gente-bebe-café-menos-eles"? São-seis?-ah-são-só-quatro? (acompanhados do respectivo esgar de estranheza).

Também só bebo café na empresa porque só gosto do sabor deste aqui (mesmo que digam mal dele, é o que eu gosto, pronto). E bebo precisamente porque gosto do sabor e funciona como guloseima, como se fosse chocolate. E com dois pacotes de açúcar! Outras vezes bebo para cortar pela raiz o mal das dores de cabeça. Há 5 minutos passei pela cozinha, vi a máquina e apeteceu-me. Este mês acho que ainda não bebi nenhum. No pacote de açúcar dizia: "O homem sábio é aquele que não se entristece com as coisas que não tem, mas rejubila com as que tem" Epicteto. Gosto sempre de ler os pacotes de açúcar ainda que raramente ponha em prática as suas máximas.

E se não se importam, agora vou ali rejubilar e já volto.

Post altamente vaidoso

A minha filha está numa fase gira, gira, gira. E até eu que não sou muito destas coisas, dou por mim a olhar enternecidamente para cada gracinha, cada sorriso, cada palavra, enquanto a baba me escorre copiosamente pelos cantos da boca (bonita imagem).

Ela é espertalhona, é desenrascada, é despachada, é tagarela, aprende depressa, imita tudo o que vê, fixa tudo o que lhe ensinamos. E além disso é gira, gira, gira. Tem um sorriso contagiante, é meiguinha com toda a gente de quem gosta. Dá beijinhos mesmo sem lhe pedirmos e abracinhos a torto e direito e sabe tão bem!

Também é muito teimosa mas hoje não vou falar dos defeitos. Ajuda em casa, naquilo que sabe, leva a fralda para o lixo, vai buscar os chinelos ao pai. Pelo caminho mexe em tudo o que aparece à frente e só faz pequenos disparates mas antes assim do que mosca morta. Não pára quieta um segundo excepto quando está com sono e aí começa a querer mexer-me no cabelo e eu percebo logo que é o João Pestana a espreitar. A ver o Noddy (que ela adora e cujo nome pronuncia da forma mais querida deste mundo, mas perfeitamente e com todas as letras) lá se aguenta um bocadinho mais. Mas só um episódio ou nem isso de cada vez, porque lá fora há um mundo inteiro para explorar, na sala, no quarto dos pais, na cozinha, nas casas de banho...

Já se percebe bem quase tudo o que quer dizer. Ontem dizia "mãe tenta" para que eu me sentasse no chão do quarto com ela, depois agarrou numa das minhas netas gémeas e entregou-me a dita para eu lhe dar o leite "mãe, bebé". "Pô bebé" é porque quer dar banho (a fingir) ao Nenuco, também com o champô de fingir. Quando se quer sentar à mesa da cozinha dá palmadinhas na cadeira (e não é na dela mas nas nossas) e diz "Pipa tenta ki". E fica gira, gira, gira.

O - U - A!

O - U - A!
O - U - A!
O - U - A!

(é a Filipa a gritar Portugal, com os bracinhos no ar, sem ninguém lhe dizer nada!)

segunda-feira, junho 26, 2006

Utopias

Consigo ficar genuinamente contente quando as coisas correm bem aos meus amigos. Parabéns Ed! Pelo aniversário e por tudo. Tu mereces. És genuinamente boa pessoa e eu gosto muito de ti.

E chateia-me a sério não conseguir fazer nada pelos outros a quem as coisas não estão assim a correr tão bem e que arrastam uma cara menos boa, e com razões para isso, pelos corredores.

Não há maneira de toda a gente estar bem, pelo menos um dia na vida?

A pedido de muitas famílias

Ok. Foi só desta. Acho um desperdício ter tanto espaço livre de ambos os lados, mas não quero desagradar os fregueses. Está melhor assim?

sexta-feira, junho 23, 2006

Experiências

Não percebo nada de html. Mas gosto de inventar e fingir que sei. Percebe-se, não se percebe? Esta descobri sozinha. Na próxima encarnação, lembrem-me para ir para Informática. Ou então qualquer coisa que me dê um Eng.ª antes do nome ou entre ( ) no fim do nome, também serve. Seria a única maneira de ter algum respeito neste sítio.

Palavras que se dizem

Olá prima. Vou ter saudades do circo. Eu compreendo bem o que dizes e que como és só uma só um blog chega, mais o tempo, etc. Mas nunca em tempo algum os teus blogs foram sequer parecidos. E este era o teu escape, o teu desabafo. Não digo para repensares a pedido de várias familias porque é injusto e ninguem tem esse direito mas sei que muita gente vai continuar a vir a esta página. Nem que seja só para ver se há alguma coisa de novo. Beijinhos nossos para vcs.

Olá primo. E tens razão. Não penses que foi fácil. Eu também vou ter muitas saudades do Circo. E sempre achei que jamais seria possível juntar os dois e que eu própria não me sentia preparada. Mas sabes que mais? Vou experimentar! Nada é definitivo e se não der, mudo outra vez. O bom destas coisas é que é fácil e barato. Só não dá os milhões. Se me apetecer separar as águas outra vez, pois, fá-lo-ei! Até lá, nós todos ficamos por aqui (eu e o meu alter ego e quem mais aparecer)! Muitos beijinhos para vocês também!

Frequentemente

dou por mim a interpretar e traduzir as palavras da Filipa para os outros saberem o que ela está a dizer. O que eu achava estranho quando via os outros pais fazerem ou como-raio-é-que-sabem-o-que-o-puto-está-a-dizer-se-não-se-percebe-nada?, agora parece-me óbvio e natural. A convivência tem destas coisas.

quinta-feira, junho 22, 2006

Mental Note

Não esquecer de fazer backups aos outros blogs, coisa que nunca fiz até hoje. Não sou muito emotiva mas se os perdesse, acho que chorava mesmo!

Parabéns Conchinha

Hoje é um dia tão bom como qualquer outro para criar um blog. Não é nenhum marco. Nenhum dia especialmente importante para mim. Não faço anos. Ninguém da minha família faz naos. Não faz anos, nem meses que comecei um blog ou outro ou outro... já foram tantos que já nem sei bem.

Mas hoje é um dia muito especial para alguém que me é muito querido e não tendo sido de propósito porque só me lembrei da coincidência agora, até vem a calhar. Por isso, o 2º post é todo para ela. Parabéns bonequinha dos olhos lindos e respectiva mamã (sim, e papá e mano também, mas especialmente mamã que há um ano atrás era ela que estava a sofrer feita doida).

Parabéns Conchinha! Parabéns Su!

Adeus

O Circo acabou.

Acabar um blog é, passe o exagero, quase como matar um filho. Ok, muuuuuuito exagero. Mas teve de ser. Já me andava a apetecer há algum tempo concentrar-me num só espaço em vez de me perder por aí. Os erros de Internet Explorer que não consegui nem perceber nem resolver (não que tenha tentado, é verdade mas também não saberia como), que me andavam a chatear os neurónios há uns dias, anteciparam o fecho.

E com isto não mato só um mas dois filhos. A Contagem Crescente também se despede hoje. Ao fim de quase um ano e meio de existência, quase o mesmo que tem a Pipa. Se eu sou só uma, acabou-se o fazer de duas. Quantas e quantas vezes pensei em escrever uma coisa... e depois, e agora, escrevo como eu, ou como ela? Quem diria melhor isto? A mãe a ver de fora ou a mãe a fingir que via pela filha? Mais uns neurónios queimados e uns quantos cabelos brancos nascidos à conta destas indecisões.

Também seria incapaz de fechar os espaços e não fazer mais nada. Isto não é nenhum diário, não me obrigo a escrever tudo o que acontece ao pormenor, nem tenho pachorra para ler quem o faz. Mas serve como desabafo e registo e tudo o mais que me apetecer partilhar comigo mesma ou com quem quer que seja que o lê. Por isso tudo, desculpem qualquer coisinha. Nós continuamos por aqui. E não custa a ninguém, mais do que a mim, dizer adeus. Por mais estranho que pareça, principalmente ao Circo (e se eu fosse realmente emotiva, agora até era capaz de deitar uma lagriminha!).