segunda-feira, julho 31, 2006

Dezanove

É muito mau quando só nos lembramos que o nosso bebé faz 19 meses porque chegamos a casa e ligamos o PC quase às 19h30 para continuar um trabalho que ficou pendente enquanto a espetamos em frente ao Noddy para continuarmos o dito trabalho em sossego porque tem mesmo de ser feito hoje e vemos que no nosso e-mail está isto?

(agora digam-me que eu não estou a precisar de férias)

sexta-feira, julho 28, 2006

Sou perfeccionista

ao ponto de sair sempre de casa com um elástico de cabelo no pulso, que combine com a roupa que tenho vestida. Hoje esqueci-me.

Já estou a achar que o dia não me vai correr tão bem.

quarta-feira, julho 26, 2006

Imelda Marcos II

Andava há que tempos a tentar comprar umas sandálias/chinelos que ela conseguisse calçar sozinha porque ela adora sapatos e adora calçar-se e descalçar-se. Com algumas das sandálias até consegue, por vezes, calçar um pé ou outro, normalmente trocados. Ontem o pai encontrou estas num supermercado e trouxe. Há minutos chegámos a casa. Ela tinha as sandálias que levou para o colégio. Foi brincar para o quarto, eu vim ligar o PC. Acabou de aparecer aqui no escritório. Assim:



Tarefa superada!

Dia dos avós

E a prenda da Filipa para os 5 (bisavó incluída) veio daqui



mas só pode ser revelada depois deles a verem!

segunda-feira, julho 24, 2006

Preguiça

É preguiça e é falta de tempo. E quando não se tem tempo para escrever, põem-se fotografias, pois então. Ou eu não fosse defensora da máxima "uma imagem vale mais que mil palavras". E a imagem de felicidade nos olhos da Filipa quando no sábado de manhã chegou a casa dos avós e viu o aparato que estava montado no terraço, não é possível de descrever em palavras, nem sequer foi captado em fotografia. Todos nós quisemos ver ao vivo e com os nossos olhos, a reacção dela. E a verdade é que ela nem sabia para onde olhar primeiro e por onde começar primeiro (apesar da clara adoração que tem pelas casinhas e esta ainda por cima vem com um totone - telefone). E ainda nem sequer está aqui tudo o que foi previsto e planeado pelo incansável avô que ela adora (e desenganem-se porque já adorava antes do parque infantil). E como disse a avó "valeu tudo a pena só para ver a cara dela". E a do primo, que apesar de ainda não reagir tanto a estas coisas, viu-se que também gostou! Do que ele não gosta tanto é dos abraços e beijos e apertos da prima que não o larga! Vamos ver se daqui a uns meses, quando ele ganhar mais confiança a andar e for maior do que ela, se não vai ser ao contrário.

Sobral de Monte Agraço já tem parque infantil!

Sim, gosto de brincar com carros, e depois?


O descanso da guerreira que até uma cambalhota deu


E o gaspacho à alentejana da avó também não estava nada mau. Até carapus fritos comi (bem, metade de um Jaquinzinho)


Não é no Sobral de Monte Agraço mas na casa dos avós mas se pusesse o nome verdadeiro, depois a chalaça não funcionava!

quinta-feira, julho 20, 2006

E agora?

Quando alguém que percebe mais disto que nós (ie. a educadora da pequena), nos diz que a nossa filha é capaz de já gostar de fazer puzzles dos mais simples, nós acreditamos e vamos logo comprar um. Para a faixa etária dos 2 anos porque os de 1 pareceram-nos (ainda mais) demasiado infantis. O que eu não estava à espera é que ao fim de poucos dias, ela já o fizesse todo sozinha em 2 minutos acompanhado de uns "o penti? tá aqui", "o papeu? tá aqui" enquanto vai pondo as peças nos sítios certos.

Será que decorou as posições? É assim que eles fazem? E não perderá o interesse? E agora, compramos outro ou é como o Noddy, dá para ver vezes sem conta o mesmo episódio, sem se fartar?

quarta-feira, julho 19, 2006

Yes, yes, yes

Ontem à noite ela aguentou 5 minutos de Little People! 5 minutos! Como é que eu não me lembrei de pôr o DVD que vinha com as fraldas?? O pai é que se lembrou e ela viu um bocadinho, muito concentrada. Foi tão bom, para variar daquele taxista totó.

A seguir pediu o Noddy (pois, claro) mas pode ser que isto seja o princípio de uma diversificação de desenhos animados. Eu ainda não desisti do Toy Story e afins...

terça-feira, julho 18, 2006

Mais e mais

opeão - põe-me no chão

a doutro - quando estou a calçar um sapato e está a pedir o outro ou lhe dou um brinquedo para a mão e quer outro

Quem é a menina? - Pipa

Onde está a Pipa? - Tá aqui

meiequi - Não mexe (repetido vezes sem conta diariamente por mim e repetido sempre por ela, enquanto mexe na mesma, claro)

paia - praia

Pipi Pipi Pipi pipi (anda pela casa como se estivesse a buzinar, quer sentada no carro quer simplesmente a andar)

adeti - é este

tuta - chuta (a bola, claro)

Um, doi e tê (lenga lenga nova)

Tapô Pipa tá aqui - o champô da Pipa está aqui, enquanto pega no frasco

mata - massa (adora esparguete)

Ainda não me tinham visto dar uns belos mergulhos, pois não?

Mais um sossego que se foi...

Altamente enjoativo

Eu gosto muito do Pedro Ribeiro e na rádio só oiço a Comercial mas sempre que passa aquela Ive Mendes, só me apetece vomitar. Haverá coisa mais enjoativa do que uma brasileira derretida a cantar em Inglés cheio de pronúncia brasileira? Antes os Chicago 500 milhões de vezes. É que cada vez que aquilo passa, além do meu dedo procurar avidamente o comando do volante para mudar aquela porcaria, ia jurar que sai baba do meu auto-rádio porque a mulher se vai desfazer em lamechice.

Ontem até me aguentei estoicamente a ouvir um bocado da entrevista que o Pedro lhe fez (altamente derretido também, claro) só para ver como é que ela era por trás da cópia da única música que felizmente se ouve dela por aí e se a voz soava igual à música. E não é que consegue ser pior? Dá para falar com uma voz de pessoa normal em vez daquela voz peganhenta de cama? Dá para deixar de dizer coisas como "Portugau", "país irmããão" "gosto muito de estar aquiii com voceis" e o inenarrável "oi?" quando não percebem alguma coisa? Nem sei como consegui continuar a conduzir porque a baba já me chegava aos joelhos.

Depois da minha experiência de há 2 anos no Brasil, em que na altura devi a minha irritação com o povo e com o país ao facto de andar profundamente enjoada quando lá estive, chego à conclusão que o que me irritou nos brasileiros e na burrice de muitos com que me cruzei (que falavam connosco em Espanhol e em Inglés porque não conseguiam perceber que éramos portugueses quando estávamos a falar Português, burros, burros, burros!), não foram os meus enjôos, foram eles mesmo. Claro que há excepções e eu até tenho amigos brasileiros que felizmente não falam como esta senhora (blharc, só de pensar nisso, já me sinto a pegar, mesmo debaixo do AC e tudo) e são um bocadinho mais inteligentes do que isso (por isso é que vieram viver para cá, ah ah). Aquele calor todo deve mesmo fazer-lhes mal ao cérebro. Ainda bem que hoje já está menos aqui, senão corremos o risco de ficar iguais. Oh não.

Obrigada índio

Obrigada, obrigada, obrigada!

(e eu estou óptima, acho que posso comer comida estragada mais vezes!)

segunda-feira, julho 17, 2006

Acabei de saber

que comi rissóis estragados ao almoço. Bem que eles não estavam iguais a ontem mas nunca pensei que fosse assim tão mau. Agora vou passar a tarde toda à espera de um sinal de má disposição para confirmar a triste realidade que vou ficar com uma intoxicação alimentar.

Apetites

A Filipa tem uma nova paixão: tomate. Nunca lhe tinha dado porque além de ser um dos alimentos que dizem ser mais alergénicos, logo, a comer apenas depois dos 12 meses, ainda não tinha calhado. Sempre achei que legumes para bebés só na sopa (e no caso dela, só na sopa, no colégio). Eis senão quando um dia ela nos vê a comer tomate e começa a pedir. E eu dei para ela experimentar pensando eu que ia ser imediatamente cuspido. Mas em vez da cuspidela veio um "maisss" e a seguir outro maisss e outro e outro... ontem voltou a repetir a dose. O tomate da sardinhada foi direitinho para a boca dela e ela nunca disse que não. Além do tomate também devora esparregado às colheres, com a mão dela e quando acaba no prato também vai pedindo "maisss". Estarei a criar uma vegetariana? Se calhar vou aproveitar para emagrecer um bocado à conta dos gostos culinários dela. Já dava jeito não era?

Quanto ao resto, continua a falar mais do que devia (acho eu) e as frases estão em constante evolução. Agora, ao "onde está qualquer coisa" em vez do tradicional "ki" já temos um "tá aqui". Sapatos já são "tapatos" (giro como evoluiram do pa para pato e agora tapato.) São tantas, tantas que nem sequer me lembro, só sei que ela repete tudo mas mesmo tudo o que ouve, (which reminds me que tenho definitivamente de deixar de dizer asneiras ao conduzir!)

O sábado foi de festas de anos e muita brincadeira, como é normal.

No parque infantil que está a ser montado no terraço dos avós, na festa do primo Henrique



e... quem diria que uma coisinha daquele tamanho soubesse saltar dentro do castelo da amiga Camila?? Sim, apanhei-a com os pés no ar!

Se algum índio me estiver a ler

que me ensine a dança do frio por favor!!!

sexta-feira, julho 14, 2006

Arghhhhhhhhhhhhhh

Pior do que gramar a música do Noddy que vem da sala, é ela vir chamar-me "mãe, nana" enquanto estica a mão, e depois de me arrastar, já na sala, dizer "tenta" apontando para o sofá, para eu ficar a ver o Noddy com ela!!

Raios partam o taxista do "camaiel". Alguém sabe onde é que ele mora, alguém sabe? Eu dou cabo dele! Já não aguento mais! (claro que me pirei logo, fica tão absorvida que nem deve ter dado por isso).

quarta-feira, julho 12, 2006

segunda-feira, julho 10, 2006

Parabéns primo Henrique!

Hoje completas o teu 1º aniversário. Estás um homem. Qualquer dia apanhas-me. Espero que sejas sempre muito feliz. Que continues reguila e traquina como a mamã me diz que o teu pai também era. Que brinques sempre comigo e sejas meu amigo. Muitos e muitos beijinhos para ti!

Filipa



Lilypie 1st Birthday Ticker

Aos 18 meses

estás mais mimada que nunca. Voltaste a chamar mamã e papá, coisa que já não fazias desde que começaste a dizer essas primeiras palavras. E de vez em quando esticas os braços e pedes "couo" a propósito de coisa nenhuma.

choras quando ficas no colégio de manhã. O facto de não estar nenhuma das tuas duas "anjas" da guarda ajuda mas eu acho que não é só isso. Entraste mesmo na fase em que tens mais consciência das coisas e por isso agarras-te ao pescoço da mãe e do pai.

tens um vocabulário estupidamente rico para a tua idade. Percebes tudo o que te dizem e ages em conformidade. Interajes connosco como gente grande. Todos os dias tens uma palavra nova, quase todas dizes por iniciativa própria e sabes aplicá-las, há uma ou outra que só dizes a pedido.

és traquina e teimosa. Ou como dizem na escola "torta". Desafias-nos constantemente, provocas-nos. Quando te dizemos para não fazeres uma coisa é quando vais mesmo fazer. Ontem comeste quilos de areia. Eu lavava-te a boca e tu imediatamente jogavas a mão à areia para comer mais. Punhas a mão toda na boca cheia de areia mesmo para me desafiar. Ainda não sabemos para onde vamos de férias mas por mim é um sítio sem areia, de preferência daquelas que são só pedras e água como em Malta. Ir à praia contigo é cansativo e desgastante porque não páras um segundo quieta e só queres fazer disparates (além de que eu odeio areia, mesmo sem tu a comê-la).

és meiga com toda a gente. Beijoqueira mesmo. Tens de estar para aí virada mas se estiveres, toda a gente te arranca beijinhos sonoros.

já comes tudo sozinha. Fazes questão de o fazer e não queres que sejamos nós a dar. A sopa em casa ainda vai mais para o queixo e para todo o lado mas o truque é dar-te comida mais grossa. Andas a comer bem melhor do que há uns tempos mesmo que seja com alguns "truques" (ontem ao almoço, uma batata frita servia de colher para a sopa!). Comes coisas inteiras, como por exemplo fruta. Não comes muita quantidade mas comes de tudo um pouco. Não dispensas nem leite nem "iutis" principalmente com "painha". Deves ter uns ossos muito bons a julgar pela quantidade de cálcio que consomes. És gulosa, por "bouos" e chocolate, gelado e afins.

adoras água seja em que forma for. Para beber, para tomar duche na banheira - que de banheira cheia já não tomas há meses - nas aulas de natação ou na praia. Fria, quente, morna, tanto faz, desde que seja água. Ontem tivemos que te tirar à força do mar porque já tinhas a boca roxa porque se dependesse de ti, ainda agora lá estavas. Os olhinhos até brilhavam enquanto andaste por ali. Quando te desiquilibraste com uma onda e ficaste de cara debaixo de água é que não achaste muita graça, mas passou depressa.

adoras o Noddy e consegues estar sentada, quieta e concentrada, a ver um episódio inteiro. Cantas a música, à tua maneira, mas o que sobressai mesmo são os "Noddys" gritados e no preciso tom em que o dizem na música. O carro amarelo é qualquer coisa como "camaiel".

imitas tudo o que vês os pais fazerem, seja próprio ou não para tu fazeres. Imitas gestos e acções e imitas palavras. Quando já te sentes mais segura dizes em voz alta, se ainda estiveres a aprender, repetes mais baixinho. Às vezes ficas envergonhada quando dizes coisas novas.

já não achas tanta piada a estar sentada na sanita. Agora preferes o "batio". Mesmo assim, grande parte das vezes dizes cocó quando já fizeste e não quando ainda queres fazer. Se estiveres distraída a brincar, então nem se fala nisso. Ainda é cedo apesar de tu quereres muitas vezes tirar a fralda (que também dizes mas eu não consigo repetir como).

quando te perguntam o nome respondes "Pipa". Se te perguntam quantos anos tens, dizes "dois". Ainda ontem na praia um surfista se meteu contigo (porque é que engraças sempre com homens, hã?) e foram estas as respostas. Eu acho que tu respondes 2 porque todos os teus colegas ou já fizerem ou estão a fazer dois e tem sido só festas de 2 anos. Tu tens só um ano e meio mas isso é mais difícil de dizer, não é?

dormes a noite toda e na maioria das vezes já apanhas a chucha sozinha sem chamar ninguém mas quando tens algum pesadelo, não há chucha nem colo que resistam. Acho que ainda só aconteceu uma vez mas foi o suficiente para ficarmos sem saber o que fazer para te acalmar. No sábado estavas tão cansada com tanta brincadeira nos anos da prima que adormeceste às 7 da tarde e só acordaste às 7h30 da manhã. Sem jantar nem tomar banho nem nada. Lá te demos uma papa líquida para te aguentares durante a noite e foi até de manhã. Claro que acordaste com a pica toda.

na sexta fomos à consulta dos 18 meses e choraste pela primeira vez numa consulta. Quem me manda a mim que no próprio diz estava a gabar-te e a dizer que nunca tinhas chorado nas consultas. Não foi muito e até te meteste com o doutor, mas na parte de pesar e medir é que não estavas muito contente e só chamavas pela mãe. Ultrapassaste a barreira dos 10kg e no comprimento ia jurar que tinhas mais uns 2 cm pelo menos do que aquilo que ficou registado no livro. O facto de estares a entortar-te toda não ajudou nada. Logo à tarde nas vacinas, tenho de pedir à avó para te medir outra vez só para tirar as teimas.

O doutor disse-te que tu falavas muito, que tinhas um vocabulário mais vasto do que o normal para a tua idade e que percebias tudo o que ele estava a dizer. Falou contigo e tu ias respondendo à tua maneira. Ajudou o facto de teres estado tagarela e de apontares para as coisas do consultório e dizeres os nomes delas e os nomes dos animais e que sons é que eles fazem, e os nomes dos brinquedos que o doutor tem no consultório.

Quando o doutor perguntou à mãe se os pais tinham consciência de que estavas muito desenvolvida para a idade, por uma fracção de segundos achei que me ia dizer que se calhar eras hiperactiva ou sobredotada ou qualquer um desses palavrões que me fazem tremer só de pensar no assunto. Lá respondi que sim, que tinha uma vaga ideia que tu falas mais do que outros que conheço, que eras muito despachada, que compreendias tudo o que te dizemos, que fazes frases (ainda que sem verbo) e pelas informações que me chegavam, em algumas coisas pareces estar "à frente" (se é que isso se pode medir) de alguns meninos da tua turma que já têm 2 anos. Ao que o doutor respondeu que era muito bom ti estar com crianças mais velhas porque isso ajudava ainda mais a puxar por ti. Perguntou se andavas na natação e quando eu disse que sim, comentou que era muito bom, não para aprenderes a nadar mas para te habituares à água. Quanto a isso tudo bem porque tu na água és tipo peixe, ainda não chegaste à fase do medo de lá entrar. Também perguntou se ainda adormecias ao colo ao que respondi que não, que desde que comprámos a cama baixa como ele sugeriu na consulta anterior, que adormecias na cama e até gostavas de ir para lá fazer ó-ó sem ninguém te mandar. Agora falta a fase do adormeceres sozinha sem um de nós lá ao lado, que ainda aconteceu poucas vezes. Depois andaste a passar modelos na "catwalk" e está tudo óptimo contigo.

Nesta altura já ela estava a dizer "mãe mão pota" e a puxar-me a mão em direcção à porta para se ir embora. Ainda teve tempo de dizer "tau" ao "doute" e de mandar beijinhos com a mão. Daqui a 3 meses há nova consulta, quem sabe quantas coisas novas irás aprender até lá...

Sugestão para o novo código da estrada

Quem tem acidentes à hora de ponta, principalmente em cima da ponte, devia ser preso!!! Especialmente quando são 3 no mesmo dia, à mesma hora!

(o desgraçado da mota que estava lá - deitado no chão e tapado... - é que já não vai a tempo, mas os outros ainda podem!)

sexta-feira, julho 07, 2006

Tendências

Sabes para onde é que vamos?
Coua

E com quem é que vais brincar na escola?
(os olhos iluminam-se) Rael

E mais, com quem é que vais brincar mais?
Patita

E mais?
Taia (a educadora)

E com mais quem?
Rael (brilho nos olhos outra vez, quer-me parecer que é a primeira paixão)

E mais?
Patita

E mais?
Taia

and so on and so on and so on. Às vezes lembra-se do iago, do Igo, da Cala, da Maiana, do Miuel mas invariavelmente são sempre os mesmos os escolhidos.

Preparada para mais um dia de escola



à procura da "Munheca" que a tia Luci ofereceu há 2 semanas e que ela não larga e que vinha precisamente dentro deste saco (como é que a gajinha se lembra disto?), com o lenço que a jeitosa da tia Rute fez e que lhe fica a matar (antes de ter ido pegar num carro - sim, ela gosta de carrinhos e faz questão de os levar para a escola).

Sou só eu...

... que apenas descobri há poucos dias que o Noddy é taxista?

Hoje custou um bocadinho

Não bastava ter tido de a acordar às 8 da manhã quando ela ainda dormia profundamente (ainda que aos pés da cama)...

Não bastava ter-lhe feito um arranhão de todo o tamanho (a porcaria da costura da t-shirt completamente marcada no pescoço) quando lhe puxei o colarinho para ela não escorregar à saída do prédio...

Como ainda ficou pela 1ª vez a chorar no colégio (sendo eu a levá-la e eu levo-a muito poucas vezes), agarrada ao meu pescoço, a chamar a mãeeeee porque nenhuma das 2 pessoas da sala dela estava lá (está mesmo mimada, acho que até lhe faz bem ir ficando com pessoas diferentes!)

Seja como for, nunca me custou deixá-la na escola, nem no 1º dia que lá ficou, e hoje custou-me um bocadinho. Parece que afinal... não sou assim tão desnaturada.

quinta-feira, julho 06, 2006

Detesto francius mas este até parece simpático

Eu nunca achei que íamos passar a França. Mas tinha de ser novamente com um penalty do Zidane? E o pior de tudo é que eu não consigo odiar o gajo (ao contrário da generalidade dos franceses que me irritam horrores e a única coisa boa daquele país é mesmo a Disney. Pronto, e Paris.). Ele tem ar de ser boa pessoa! Confesso que nem vi o que aconteceu para ser penalty, nesse momento estava precisamente a mudar uma fralda mal-cheirosa. Se calhar a culpa foi minha. Se não me tivesse levantado naquele preciso momento... Mas há coisas mais importantes na vida. E por muito que eu goste de futebol, há certos exageros que não consigo perceber. Sozinha em casa com a Pipoca, a guerra de cócegas e beijos que nós fizemos, intercalada pelas gargalhadas sonoras dela, foi bem mais interessante que qualquer campeonato do mundo e acho que a vou reter durante mais tempo na memória do que o facto de termos chegado a uma meia final. E já no prolongamento, quando ela me diz ó-ó téte péia (com a mãozinha em sinal de "espera" assim como quem diz, eu vou ali buscar a chucha para ir dormir e já venho) fez-me esquecer completamente que faltavam 2 minutos para jogar e que já tinhamos ido com os porcos.

A maternidade muda mesmo a perspectiva das coisas, não muda?

quarta-feira, julho 05, 2006

E-mail aberto

Olá amiga

Hoje, ao almoço, estive com a minha mãe e contei-lhe do teu escrito sobre as memórias saborosas do colégio e até ela se lembrou logo de uma ou outra situação….

Depois de ler, lembrei-me logo de um episódio que ficou para a história: O autocarro C a sair do colégio para a 2ª volta quando o Dr. Nabais o manda parar. No vidro de trás um papel a dizer TELHAL. Claro que apurou logo quem eram os meninos que iam na 1ª volta naqueles lugares - a nossa Turma B como não podia deixar de ser! Foram chamados e até tiveram que confessar em que aula escreveram aquilo. O Keny estava envolvido, não sei quem mais.

Lembro-me da 1ª vez que fui para o colégio a lista de material de desenho/pintura que deram aos nossos pais. Acho que ainda hoje consigo sentir a emoção que foi estar na papelaria Fernandes a comprar aquele material todo.
E a ansiedade de ver os livros do próximo ano, ainda quando estávamos de férias (porque enviam a lista com antecedência para os papás comprarem).

Lembro-me de um professor de francês no 2º ano que passava as aulas a corrigir umas fichas que supostamente deveríamos ter feito em casa. O António ouvia os relatos do Benfica nessas aulas.

Lembro-me de uma garraiada…estava o prof. Falcão a tentar tourear um “bichinho” quando soltam outro que achou o fundilho das calças dele apetitoso…

Lembro-me dos nossos almoços que incluíam batatas fritas… escondíamos o primeiro prato debaixo da mesa para termos direito a mais batatas.
Com a fruta era o contrário, fingíamos que já tínhamos comido (excepto quando o Prof Rosa se sentava na nossa mesa)
Também conseguimos por o irmão da Kikas a comer ao contrário (não te esqueças que ele é canhoto).

E lembro-me de determinadas regras que nos pareciam exageradas, como não poder andar com camisolas com desenhos atrás, andar com a camisa por fora das calças, usar fato de treino, …mas que no fundo talvez não sejam tão despropositadas e passo a contar dois episódios:

No meu 10º ano, estava numa aula (acho que de sociologia) quando comecei a desenhar a parte de trás da t-shirt do meu colega (qualquer coisa relacionada com surf) e passado um bocado parei e pensei: O Sr. Tinha razão, os desenhos nas camisolas podem distrair os colegas…
Outra situação passou-se há pouco tempo quando o Diogo me pediu para ir para a escola de fato de treino porque um colega também ia. Eu disse-lhe que só ia de fato de treino nos dias da ginástica porque o fato de treino era para treinar…onde é que eu já tinha ouvido isto???

Incrível como depois de 20 anos há marcas que não desaparecem…

Tal como tu, gostava que o meu filhote um dia venha a gostar tanto de uma escola (mesmo que não seja aquela) como eu gostei do colégio.
Gostava que ele gostasse do local com eu gostei, que ele tivesse turmas com eu tive e amigos como eu encontrei…sim, porque ao fim de 20 anos continuarmos coordenadas a falar dá que pensar…

Um beijinho especial

Ana

…………………Tudo isto pode ser divulgado. Não é confidencial……………………..



Recebi, assino, subscrevo e pedi autorização para transcrever na íntegra porque não há nada como vir tudo escrito na primeira pessoa. (Como é que o Carlitititos ainda se lembrava que nós acabávamos as frases uma da outra??)

terça-feira, julho 04, 2006

Um dia destes hei-de ter tempo para compilar tudo isto

ito - lixo
boio - comboio
bito - bicho
abou - acabou
bainho - banhinho
tina - plasticina e gelatina
boca - boca
beca - cabeça
batade - boa tarde
ainhã - amanhã
ócuo - óculos
baiada - obrigada
caiaco - casaco
pumba - pumba
couo - colo


Educação Musical

Oia a boua oia a boua... - olha a bola Manel...

Paixão da vida dela:

Noddy!
(com a entoação certa dada na música, que a mãe já não suporta ouvir!)

E ainda:

patiti - tapete
caieia - cadeira
pato - prato
munheca - boneca
bio - cabelo
toi-toi - telefone / telemóvel

20 anos depois,

foi como se nunca tivéssemos deixado de ser colegas, foi como se o tempo tivesse parado e apenas ontem tivéssemos tido o nosso último dia de aulas. As conversas fluiram sem pausas, sem constrangimentos. Entre as notícias de hoje, os empregos e os filhos, intercalaram-se as histórias de anigamente, as recordações de outros tempos. E foi tão engraçado voltarmos à escola. Só tenho pena que não tenha ido mais gente mas com um pouco de paciência, aos poucos vamos reunindo o pessoal todo.


Onde nos escondiámos para não correr à volta do campo, nas aulas de Ginástica

Jardim da Paz, antigo Solar das Tílias, frente ao edifício novo (2003)

Sala de Inglés de onde fomos expulsas pela 1ª e única vez (a secretária da prof. era em frente à 1ª fila das nossas e era onde nos sentávamos)

O ringue de patinagem (onde rasguei umas calças graças à minha amiga Lena!) / campo de futebol de 5



Campo das palmeiras com a piscina e o ginásio ao fundo

segunda-feira, julho 03, 2006

Os melhores anos

da minha vida pré-adulta, foram, sem dúvida alguma, passados aqui. Quase 20 anos depois do último dia de aulas (algures no mês de Junho dos idos anos de 1987) no passado sábado voltámos à escola que nos viu crescer, para um encontro de antigos alunos.

E enquanto andávamos por aqueles caminhos que calcorreámos tantas vezes, a queixar-nos da injustiça que era fazerem uma gincana com perguntas que não eram do nosso tempo, e a tentar subornar alguns professores que também tinham sido nossos, para nos darem as respostas, como o nome dos cavalos da escola de equitação que agora existe ou os recordes da natação (não havia cavalos em 87 mas havia piscina!), vieram-nos à memória as inúmeras histórias que ali vivemos e das quais aquelas paredes e muros e recreios e salas de aula são os melhores testemunhos.

Como o Cedro, o pastor alemão do fundador, Dr. Nabais, que nos vigiava as provas de entrada no colégio e que eu fiz para entrar para o 1º ano do ciclo (que na altura o ciclo era só o 5º e o 6º). Como daquela vez em que nos perdemos em Óbidos e quando já estávamos a encontrar o caminho de volta, voltámos a perder-nos propositadamente para ficarmos ali mais tempo. Ou quando éramos chamados ao director por estarmos a conversar com os rapazes em posições menos próprias (que na altura significava apenas estar sentada em cima do muro com um deles de pé com o cotovelo apoiado na nossa perna). Ou o aluno virtual inventado pela nossa turma, o Menezes, que servia para pôr a cabeça em água ao prof. de Francês que já de si era muito distraído. Quando lhe perguntávamos pelo teste do Menezes, ele respondia que ainda não tinha corrigido ou que não se lembrava da nota. Ficámos a saber que ao fim deste tempo todo, ainda se fala do Menezes no colégio, o aluno que nunca existiu!

Lembro-me de numa aula termos deixado a prof. de Fisico-Química a chorar porque não nos calávamos nem por nada, das fórmulas de química escritas no estojo para os testes, única vez em que me lembro de ter copiado na vida. Ou melhor duas vezes. Também me lembro de ter trocado um teste com a Ana, era Francês? Acho que sim. De lhe ter colado o livro com fita-cola. (ela desta não se esquece!). Da viagem à Serra da Estrela no 2º ano do ciclo (seria) onde fiquei no quarto com a Sara (que é feito de ti, miúda?) e onde acordámos a meio da noite a pensar que já era de dia e tinham ido para a neve sem nós. Da viagem de finalistas do 9º ano (tantas trocas e baldrocas meu deus...), dos "túbaros" de carneiro que comemos no colégio das freiras em Badajoz (seria Badajoz?), da música no quarto até altas horas, da cerveja que provei e detestei (deve vir daí o meu ódio à cerveja). Do muito que cantámos e nos divertimos. De como só se ouvia U2, U2, U2...

Recordo-me do Abílio ter engolido a tampa da cola na aula de Inglés e ter ficado roxo e de todas as cores porque estava a ficar sem ar. Do Xano e do seu alter ego Banana que tinha um grupo com outros colegas que eram os Bananóides. Do Rui Miguel que insistia em que lhe chamássemos Miguel e nós só para embirrar chamávamos Rui. Do Bonvalot ter bebido uma coca-cola inteira de seguida como aposta para que a Sara ficasse no colégio quando ela se queria ir embora no final do 8º ano (ele bebeu, ela não ficou). Do Godinho fazer guerras de aviões nos cadernos no meio das aulas. Do Lineu me ter incutido a minha paixão pelos Xutos (que dura e há-de durar para sempre) ao escrever letras das músicas dos Xutos nos meus cadernos. De jogar ao elástico e ao fugitivo na rua ao lado do campo onde os rapazes jogavam à bola e para onde nós corriamos no intervalo para os ver jogar. Do roncar dos Fórmula 1 no Estoril às sextas feiras em véspera de Grande Prémio que se ouviam perfeitamente em Meleças. Do Eduardo, aka Keny (não me lembro onde é que ele foi buscar esta!) . Dos autógrafos que andávamos sempre a pedir uns aos outros.

De como gostávamos de ir para o colégio aos sábados enquanto os nossos pais tinham reunião com a direcção e nós andávamos por ali à solta, sozinhas, a explorar todos os cantinhos (e eram muitos, para quem não conhece, o colégio é enorme) e a tirar fotografias nos sítios mais descabidos que encontrávamos e a ir espreitar a casa de banho dos rapazes nas Catacumbas (que era sítio onde nunca tinhamos entrado antes). Da neve que caiu uma vez e que nos fez vir a todos cá para fora brincar, à porta do ciclo. Das manobras que tinhamos de fazer para nos escaparmos aos apalpões dos rapazes quando iamos para as aulas de Meio Físico que ficavam lá ao fundo do corredor no ciclo. Do Filipe chorar baba e ranho porque não queria levar a vacina da BCG depois do rastreio que faziamos todos os anos no colégio (desculpa mas esta não podia faltar!). Dos rapazes dentro do armário no quarto da Sandra na Serra da Estrela no 9º ano (quem eram mesmo??). Da doçura da Prof. Ermelinda que ao fim de não sei quantos anos ainda perguntava por nós quando encontrava a minha mãe em Queluz.

Das conversas na sala das raparigas onde trocávamos discos dos Wham, do Bryan Adams, Spandau Ballet, Bon Jovi e do Nick Kershaw. Das aulas de ginástica onde quando nos diziam para fazermos aquecimento, eu apenas mexia os dedos mindinhos. Dos jogos de rugby em que raparigas contra rapazes, nós ganhávamos sempre porque o Stor Miranda ficava na nossa equipa e ele era mesmo jogador de rugby. De quando eu e a Ana (minha mana para todos os efeitos) nos escondíamos atrás da casinha que havia num canto do campo principal, quando nos mandavam correr à volta do campo e ficávamos ali a descansar até irmos dar mais uma voltinha. Dos corta-matos fora do colégio pelo meio das árvores onde agora é a nova estação de comboios. Do Filipe não querer nem por nada entrar dentro de água na piscina e tinha quase de ser empurrado. Do Sérgio e do Regalla terem ido para a rua em trabalhos Oficinais porque não conseguiam parar com a lenga-lenga do "Se é chato coça". De eu e a Ana termos ido para a rua na aula da Inglés, pela primeira e única vez na nossa vida porque a turma toda estava a falar e nós estávamos mesmo em frente à professora e calhou-nos na rifa (não ajustámos contas ainda neste encontro mas no próximo ano, não se escapa stora! :-)

Lembro-me de comermos castanhas assadas no Magusto feito ali mesmo, ao pé do ringue e de voltarmos lá no final para procurarmos castanhas perdidas e de algumas ficarem tão torradas, mas tão torradas que depois faziamos histórias à volta do queimado e de como iriamos ficar com cancro por as estarmos a comer. Lembro-me de ir estudar para a biblioteca na manhã do próprio teste porque não tinha pegado nos livros antes. Do taco de bilhar do prof. Falcão e da sua voz nasalada que o meu irmão imita na perfeição, também ele com muitas memórias e ainda mais que eu porque não esteve lá só 5 anos, mas 9. Lembro-me das festas de Natal e de fim de ano, das coreografias que fazíamos para apresentar... One night in Bangcok... , de haver pessoal que se embebedava com Green Sands no bar. De gostarmos imenso de ser da 2ª volta das carrinhas porque assim ficávamos mais tempo no colégio quer de manhã antes do toque de entrada quer à tarde: Mais recreio, mais colégio: fixe! Do próprio do toque de entrada. Tan tan tan tan... (impossível dar a entoação, só mesmo para quem conhece). De estar doida para que chegassem as aulas depois dos meses de férias porque estar no colégio era muito mais giro que estar de férias...

Um dia gostava que a minha filha tivesse de alguma escola as mesmas boas memórias que eu guardo do Colégio. Foram só 5 anos mas 5 anos muito preenchidos, recheados, ricos em tudo. Em amizade, em brincadeiras, em partidas, em paixões de criança (porque naquela altura com 14 anos ainda se era criança), em aventuras, em excursões e visitas de estudo, mas também em muito bom ensino, professores espectaculares, uma verdadeira família e muita muita diversão. Uma escola de vida! Como o Filipe bem comentava no sábado: isto não é apenas um colégio, isto é muito à frente!


Se alguém que me lê, lá tiver andado, que se acuse. Todos são bem vindos na Associação dos Antigos Alunos!

Adenda 1 - lembrei-me entretanto da baba e ranho que toda a gente chorou no último dia de aulas do 9º ano, principalmente os rapazes! De como eu e Ana fizemos força para não chorar porque tinhamos a certeza que era um até breve, não um adeus. Das ideias mirabolantes que arranjávamos para tirar fotografias aos rapazes que gostávamos (do género uma de nós ir lá pôr-se mesmo ao lado a fingir que era a ela que estávamos a tirar a fotografia).